Casos de violência intrafamiliar continuam a expor as fragilidades emocionais e psicológicas que, quando negligenciadas, podem culminar em tragédias irreversíveis.
No estado do Rio Grande do Norte, a morte de uma criança de 1 ano e 8 meses e o posterior desaparecimento do pai apontavam para um desfecho sombrio que, neste sábado (3), foi confirmado pelas autoridades.
O corpo de Alan da Silva Ferreira, de 31 anos, foi encontrado em estado avançado de decomposição na zona rural de Triunfo Potiguar. Ele era o principal suspeito de ter envenenado o próprio filho, Aslan Gael Ferreira Ramalho, no último dia 27 de abril.
A Polícia Civil acredita que o crime foi motivado pela recusa do pai em aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança. Alan passou o dia com o filho, e, ao buscar o menino, a mãe percebeu que algo estava errado.
O pequeno Gael foi levado às pressas para atendimento médico, mas não resistiu. Logo após deixar a criança no hospital, o pai fugiu de moto. Dias depois, agricultores localizaram o corpo de Alan próximo ao local onde a motocicleta havia sido abandonada.
Durante as investigações, a polícia encontrou em sua casa um pote com resquícios de açaí, que pode ter sido oferecido à criança. O cenário do local onde a criança vivia gerou estranheza dos investigadores.
Os peritos identificaram vestígios que indicam a possível presença de veneno, como chumbinho, embora o resultado oficial ainda dependa do laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), com prazo de entrega entre 10 e 30 dias.
O caso abalou profundamente ambas as famílias. Parentes de Alan expressaram o sentimento de luto coletivo diante da tragédia que destruiu dois núcleos familiares, deixando marcas emocionais difíceis de apagar.
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Enquanto aguardam a confirmação científica da causa da morte, os envolvidos tentam compreender a motivação por trás de um ato tão extremo, não se tem informações sobre a liberação do corpo do suspeito para sepultamento.
Esse episódio reforça a necessidade de ampliar o apoio psicológico em situações de separação conjugal conflituosa e de identificar sinais de alerta que possam prevenir desfechos trágicos. A atenção à saúde mental e emocional deve ser prioridade em qualquer estrutura familiar fragilizada.