Ser uma figura pública é viver sob o holofote constante do julgamento. Cada gesto, palavra ou escolha ganha proporções gigantescas e, muitas vezes, gera debates acalorados. Quando uma decisão envolve uma criança, então, a responsabilidade é ainda maior e as críticas, inevitáveis.
Foi o que aconteceu com a cantora Jojo Todynho, que se viu no centro de uma polêmica após anunciar a desistência da adoção do pequeno Francisco, uma criança angolana com quem havia criado vínculos afetivos.
Durante o programa A Tarde é Sua, a apresentadora Sonia Abrão não poupou palavras ao comentar o caso. Para ela, Jojo teria cometido um erro grave ao gerar expectativas no menino e, depois, recuar do processo.
“Francisco foi iludido”, disparou Abrão, apontando que a criança acreditava estar prestes a viver uma nova vida no Brasil com sua “nova mãe”. A apresentadora foi ainda mais incisiva ao criticar as justificativas de Jojo, que alegou não estar preparada e citou dificuldades em criar uma criança no Brasil.
Para Sonia, o argumento não convence, especialmente diante da exposição prévia que a cantora deu ao caso. “Não alimente sonhos em uma criança se você não está pronta para realizar”, alertou, enfatizando que esse tipo de recuo pode gerar marcas emocionais profundas e duradouras.
Jojo havia conhecido Francisco durante uma viagem à Angola, onde se sensibilizou com a realidade da criança. No entanto, semanas após divulgar o desejo de adotá-lo, voltou atrás, afirmando que optaria por ajudar de outra forma, como madrinha.
A mudança brusca no discurso foi vista por muitos como insensível e precipitada. O caso acende um alerta sobre a importância de responsabilidade emocional nas decisões públicas, especialmente quando envolvem crianças e adoção.
Sonia lembrou o exemplo do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, que adotou crianças africanas de forma estruturada, respeitosa e permanente algo que, segundo ela, deveria ser referência.
