A relação entre Silvia Abravanel e seu pai, Silvio Santos, sempre foi marcada por desafios, especialmente durante sua infância. Silvia revelou em entrevista que, mesmo em casa, não chamava o pai de “pai”, mas sim de “Senor”, seu nome de batismo.
Essa dinâmica refletia a tentativa de separar a relação pessoal da profissional, uma linha tênue que Silvia parecia não querer cruzar. No ambiente de trabalho, no SBT, Silvia tratava Silvio como qualquer outro funcionário, referindo-se a ele simplesmente como “Silvio”.
Essa formalidade se estendia para casa, onde o chamava pelo nome de batismo. Ela explicou que essa escolha foi para manter uma distância necessária no trabalho, onde ele frequentemente a repreendia como se fosse uma funcionária comum.
Silvia chegou a pedir para que ele não a tratasse como filha na emissora, mostrando o quanto essa relação era complexa. A entrevista foi gravada antes do falecimento de Silvio Santos, e Silvia compartilhou memórias e momentos engraçados que viveu ao lado do pai, destacando o quanto ele era exigente tanto na vida pessoal quanto profissional.
Essa dinâmica difícil ilustra os desafios de crescer sob a sombra de um dos maiores ícones da televisão brasileira, onde as fronteiras entre família e trabalho nem sempre eram claras.
A história de Silvia revela o peso de carregar o sobrenome Abravanel e como, por trás das câmeras, a relação com Silvio Santos era marcada por uma mistura de respeito, admiração e uma certa formalidade necessária para manter o equilíbrio familiar.