Na última segunda-feira (29/07), aconteceu a final do Skate Street nas Olimpíadas de Paris. Na finalíssima, apenas um brasileiro participou, justamente o medalhista de prata de Tokyo 2020.
Kelvin Hoefler acabou em sexto na classificação geral e não escondeu a frustração com a final. Em entrevista à TV, após a final, Kelvin se mostrou cansado com a rotina e criticou o formato da competição em Paris.
“É fato que o pessoal erra, erra e erra, e ganha. Acertam duas e ganham. Então, para um público mais leigo e para mim também, que vejo a galera errando e errando e vencendo, tem que ser mais legal para o público”, afirmou.
Aos 31 anos, o skatista acredita que as gerações mais novas estão aprendendo de uma maneira que prejudica o acúmulo de “bagagem”. Kelvin deu a entender que, caso não haja mudança no formato, ele não tentará se classificar para Los Angeles 2028.
“Eu não aguento mais. Preciso de férias. Estou cansado. Ando de skate há uns 23 anos. Nunca tive, velho. Preciso de férias, descansar“, desabafou. O skatista não tentou disfarçar o cansaço.
Kelvin mora nos Estados Unidos há anos, onde mantém sua rotina profissional. O atleta lembrou da maratona de eventos para classificação olímpica e explicou que esta cansado, então não deu certeza.
Para se ter ideia do que é a “nova geração” sobre a qual o brasileiro fala, tenha em mente que o atleta japonês Ginwoo Onodera tem apenas 14 anos e esteve nas Olimpíadas de Paris. O canadense Cordano Russell, por sua vez, tem apenas 19. Gustavo Ribeiro, que representa Portugal, tem 23 anos; enquanto Sora Shirai, do Japão, tem 22.