Carla Zambelli usou as redes sociais para reagir a uma fala forte feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A deputada, que foi aliada de Bolsonaro durante seu governo, lamentou o “julgamento” do ex-presidente.
Bolsonaro participou do podcast Inteligencia Ltda, ao lado de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Durante a entrevista, os dois comentaram sobre as eleições de 2022.
Na avaliação de Bolsonaro, e de seu aliado, a reeleição estava garantida. O que mudou o rumo dos fatos, segundo Bolsonaro, foi a cena bizarra envolvendo Carla Zambelli.
No centro de São Paulo, após ser provocada no contexto político, Zambelli sacou uma arma e perseguiu um jornalista pelas ruas. A deputada estava acompanhada de um homem, que também estava armado.
Testemunhas filmaram a cena e os registros viralizaram, ganhando repercussão até mesmo no exterior. Para Bolsonaro, as cenas foram determinantes para a perda de votos que ele sofreu.
“Aquela imagem, da forma com que foi usada, a Carla Zambelli perseguindo o cara. Aquilo teve gente falando: ‘olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. A gente perdeu”, disse Bolsonaro.
A fala repercutiu e chegou ao conhecimento da própria Carla Zambelli, que usou as redes sociais para rebater o ex-presidente. Sem citar nomes, Zambelli criticou o que chamou de “julgamento”.
“Enfrentar o julgamento dos inimigos é até suportável. Difícil é aguentar o julgamento das pessoas que sempre defendi e continuarei defendendo”, disse a deputada.
Enfrentar o julgamento dos inimigos é até suportável.
Difícil é aguentar o julgamento das pessoas que sempre defendi e continuarei defendendo.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) March 25, 2025
Zambelli, que a exemplo de Bolsonaro, enfrenta problemas com a Justiça. Justamente pelo episódio de 2022, envolvendo uma perseguição a mão armada, a deputada esta prestes a ser condenada a 5 anos de prisão.
O caso corre no STF, por Zambelli ser parlamentar, e já ganhou contornos sensíveis para a deputada. Nesta terça, o processo foi suspenso após pedida de vista do ministro Nunes Marques. No entanto, já foi formada maioria pela condenação da parlamentar.
