O homem que confessou o assassinato de uma jovem no início do mês prestou depoimento à polícia de Cajamar, em São Paulo, revelando detalhes sobre suas motivações e a dinâmica do crime.
Segundo seu relato, ele e a vítima tiveram um breve envolvimento cerca de um ano atrás, mas, na época, não sabia que ela ainda era adolescente, pois acreditava que já havia concluído o ensino médio.
O suspeito alegou que a vítima passou a ameaçá-lo, afirmando que revelaria o caso para sua esposa. Preocupado com a situação, decidiu encontrá-la para uma conversa, procurando por ela em pontos de ônibus da região onde costumava descer.
Ao não conseguir localizá-la, resolveu voltar para casa, mas a encontrou no caminho e a chamou para entrar em seu carro. Durante a conversa, pediu que a jovem cessasse as ameaças, mas alegou ter sido agredido por ela.
Nesse momento, pegou uma faca que mantinha ao lado do banco do motorista e a golpeou duas vezes, afirmando que a vítima morreu imediatamente após o segundo ataque.
Após o crime, transportou o corpo no porta-malas até sua residência, onde pegou uma enxada para enterrá-lo. No entanto, afirmou não saber como os restos mortais foram desenterrados e nem o motivo pelo qual os cabelos da vítima foram removidos.
Segundo ele, enterrou o corpo em um local diferente daquele onde foi encontrado. Diante da repercussão do caso na imprensa, disse não ter se preocupado, pois acreditava que se tratava de outra vítima.
No dia seguinte ao crime, queimou as roupas, o celular e uma sacola que ela carregava, descartando os resíduos em uma lixeira próxima a um campo de futebol.
O autor do homicídio revelou ainda que a arma do crime era uma faca de 3,5 centímetros de largura, que costumava carregar no carro entre o banco do motorista e o apoio de braço. Após cometer o assassinato, jogou o objeto em um rio no trajeto de volta para casa.
A perícia realizada pelo Instituto Médico Legal revelou que a vítima não sofreu violência sexual e que foi atingida por três facadas, ao contrário das duas mencionadas pelo acusado.
A causa da morte foi determinada como hemorragia traumática, provocada pelos ferimentos. O laudo também detectou álcool no sangue da jovem, mas indicou que se tratava de um processo natural de decomposição.
A Polícia Civil de São Paulo confirmou que o acusado agiu sozinho e que não há indícios da participação de outras pessoas no crime. Segundo a investigação, ele demonstrava obsessão pela vítima e já a seguia há meses.
As autoridades continuam acompanhando o caso para esclarecer todos os detalhes do ocorrido. Familiares de Vitória não acreditam na versão dada por Maicol e acham que ele não gaiu sozinho.
