A cidade de Lages, localizada no interior do estado de Santa Catarina, amanheceu com a notícia de um trágico feminicídio, o primeiro registrado em 2024, de acordo com o Observatório da Violência Contra a Mulher no estado.
Maria Cristina Branco, de 31 anos, foi morta a tiros pelo ex-marido, Eriton Wanins de Jesus, de 35 anos, na manhã desta sexta-feira (20). O crime ocorreu por volta das 6h no bairro Santa Helena, enquanto Maria estava a caminho do trabalho.
O caso levanta mais uma vez a alarmante questão da violência contra a mulher no Brasil. Segundo as informações da polícia, Maria foi surpreendida pelo ex-companheiro e atingida por dois disparos de arma de fogo, um no pescoço e outro no tórax.
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a vítima já sem vida, conforme constatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Próximo ao corpo, o carro que ela dirigia, um Ford/KA Flex, estava colidido com uma árvore, indicando que houve uma perseguição.
Uma perfuração de tiro foi encontrada na lateral traseira do veículo. Testemunhas relataram ter ouvido gritos e disparos, e uma chefe da vítima apresentou um áudio em que Maria relatava estar sendo perseguida pelo ex-marido.
Após cometer o crime, Eriton fugiu em um Fiat/Palio, que foi posteriormente localizado abandonado na rodovia SC-114.
Dentro do carro, o corpo de Eriton foi encontrado com um tiro na cabeça, ao lado de um revólver calibre 38, o que sugere que ele tirou a própria vida após o feminicídio.
Uma amiga de Maria contou à polícia que Eriton havia adquirido a arma recentemente e já havia feito ameaças de morte contra ela, destacando o histórico de violência e perigo que a vítima enfrentava.
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e circunstâncias do crime, enquanto os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos necessários.
Este episódio trágico reflete o crescente problema do feminicídio no Brasil, um crime que muitas vezes ocorre após ameaças e sinais de violência.
A morte de Maria Cristina Branco é mais um lembrete doloroso da necessidade de ações eficazes para prevenir a violência de gênero e proteger as mulheres em situações de risco.