O brutal latrocínio que abalou a comunidade da cidade de Canoinhas, localizada na Região do Planalto Norte do estado de Santa Catarina resultou na morte de Florizia Lopes, de 88 anos, conhecida carinhosamente como Dona Nena.
Após ser violentamente espancada durante o assalto ocorrido na noite do dia 15, Dona Nena faleceu nesta sexta-feira (23), após passar oito dias internada em estado crítico. O crime também vitimou seu esposo, Zegmundo Chmielowicz, de 76 anos, que foi encontrado morto ao lado dela na residência da família.
O caso gerou profunda comoção na cidade, especialmente após a divulgação de que dois dos suspeitos presos são parentes diretos da idosa: sua filha e um neto, de 23 e 47 anos, respectivamente.
De acordo com a investigação conduzida pelo delegado Darci Nadal Júnior, ambos foram detidos nas proximidades do local do crime e optaram por permanecer em silêncio durante o interrogatório.
A motivação para o crime, segundo as primeiras apurações, foi de natureza patrimonial, com os agressores subtraindo carteiras de cigarro e cerca de R$ 1,5 mil em dinheiro.
O neto do casal, que também estava na residência na noite do crime, conseguiu fugir e chamar a polícia, relatando que os assaltantes invadiram a casa e passaram a agredir violentamente seus avós.
Ele mesmo foi agredido e precisou de atendimento médico. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Zegmundo já sem vida, com ferimentos graves na cabeça, e Dona Nena amarrada e inconsciente. O casal tinha uma relação de longa data com a comunidade, o que tornou a tragédia ainda mais dolorosa para os moradores.
Nas proximidades da cena do crime, a polícia localizou um carro pertencente à idosa e uma mochila contendo dinheiro e possivelmente os objetos usados para cometer o latrocínio, incluindo uma barra de ferro.
Além disso, a chave do veículo e um soco inglês foram encontrados com o terceiro suspeito, que teria auxiliado na fuga. O velório e sepultamento de Dona Nena ocorreram na manhã deste sábado (24), em meio a manifestações de dor e incredulidade por parte da comunidade.
O caso, tratado como latrocínio, segue sendo investigado, e a prisão preventiva dos suspeitos reforça o comprometimento das autoridades em buscar justiça para as vítimas desse crime hediondo.