Um ataque violento registrado na madrugada deste sábado (22) abalou a comunidade da Aldeia Indígena Plipatol, situado no município de José Boiteux, localizada no Vale do Itajaí, no interior do estado de Santa Catarina.
O episódio teve início com um incêndio criminoso e terminou com a morte de um morador, vítima de disparos de arma de fogo. O alvo da emboscada era o filho da vítima, com quem os criminosos mantinham uma rixa antiga, mas ele não estava no local no momento do ataque.
De acordo com informações da Polícia Militar, o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) de Ibirama recebeu diversas ligações por volta da meia-noite relatando um incêndio e tiros vindos da aldeia.
Quando as equipes policiais se deslocavam até o local, o hospital da cidade registrou a entrada de um homem já sem sinais vitais, alvejado por múltiplos disparos.
Relatos de moradores apontam que três suspeitos incendiaram intencionalmente uma residência e veículos na tentativa de atrair a presença do homem com quem tinham desavenças anteriores.
No entanto, quem apareceu para tentar conter o fogo foi seu pai, que acabou sendo atingido por tiros de pistola e espingarda calibre 12. Após a ação, os agressores fugiram em direção ignorada.
Pouco depois do ataque, o verdadeiro alvo chegou à aldeia e, ao se deparar com o incêndio, tentou conter as chamas. Contudo, todo o esforço foi em vão e o ato criminsos culminou em tragédia.
Foi então que encontrou o pai ferido. Ele o colocou em uma caminhonete, que também apresentava marcas de tiros, e o levou ao hospital. Infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos e já chegou ao local sem vida.
A Polícia Civil de Santa Catarina informou que os suspeitos envolvidos no crime já foram identificados. As investigações continuam em andamento, com o objetivo de localizar os autores e esclarecer os detalhes que cercam a motivação do ataque.
Esse tipo de violência, especialmente quando dirigida a comunidades tradicionais, como as indígenas, evidencia uma escalada de conflitos pessoais que ultrapassam qualquer limite de convivência pacífica.
A tragédia reforça a urgência de ações coordenadas entre autoridades de segurança pública e lideranças comunitárias para prevenir crimes que colocam em risco não apenas os alvos diretos, mas também familiares e vizinhos inocentes.