Um menino de oito anos sofreu um grave acidente elétrico enquanto brincava de soltar pipa na cidade de Itajaí, que está localizada no litoral do estado de Santa Catarina.
O incidente ocorreu na tarde de sábado, quando a linha da pipa se enroscou em uma rede de alta tensão, rompendo o fio e provocando uma descarga elétrica que atingiu diretamente a criança.
Segundo os agentes da Polícia Militar, o menino foi levado em estado grave para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma unidade hospitalar da região. Os pais da criança, ao tentarem socorrê-la, também sofreram ferimentos.
O pai, ao perceber que o filho havia sido atingido pela eletricidade, tentou puxá-lo pelo braço e acabou recebendo um choque. A mãe, ao intervir, também sofreu impactos elétricos, resultando em lesões no corpo e na cabeça.
A Polícia Militar informou que algumas das pipas no local tinham linhas com cerol, substância cortante que aumenta os riscos em brincadeiras desse tipo. Entretanto, não foi confirmado se a linha que causou o acidente estava revestida com o material.
autoridades realizaram buscas para identificar quem teria fornecido o cerol, mas não conseguiram localizar os responsáveis. O uso de cerol é proibido pela legislação brasileira. O artigo 132 do Código Penal considera crime expor a vida ou a saúde de outra pessoa a perigo direto e iminente.
Além disso, a lei estadual nº 11.698, de 2001, veta o uso de pipas com linhas preparadas com substâncias cortantes. Em âmbito nacional, tramita o Projeto de Lei 402/11, que busca ampliar a proibição da fabricação, comercialização e uso dessas linhas, prevendo penas de detenção e multas para quem desrespeitar a norma.
O caso reacende a preocupação com os riscos da prática de soltar pipas em áreas próximas a redes elétricas e reforça a necessidade de campanhas de conscientização sobre os perigos das linhas cortantes.
A eletricidade em fios de alta tensão pode ser fatal e, mesmo quando não resulta em morte, pode causar queimaduras graves, amputações e outros danos irreversíveis. Autoridades alertam para a importância de supervisionar crianças durante esse tipo de atividade e reforçam a necessidade de respeitar as normas de segurança para evitar novas tragédias.