O trágico atropelamento que vitimou um casal no Litoral Norte do estado de Santa Catarina na madrugada do último sábado (26), resultou em denúncia formal do Ministério Público contra o motorista envolvido.
O condutor, de 35 anos, responderá por homicídio culposo na direção de veículo automotor, por duas vezes, conforme divulgado pelo órgão na quarta-feira (30). O caso reacende debates sobre segurança nas rodovias e os riscos associados à condução sob efeito de álcool.
O acidente ocorreu na rodovia BR-101, próximo ao km 106, no sentido Norte, no trecho que corta a cidade de Penha. As vítimas, Aline Rabuske, de 31 anos, e Dionn Roberth, de 28, estavam fora do carro trocando um pneu quando foram atingidas por um veículo modelo.
O motorista foi submetido ao teste do bafômetro, que apontou ingestão de álcool. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. O nome do acusado não foi divulgado pelas autoridades.
No momento do atropelamento, o casal seguia em viagem para o Paraná com planos de participar de um curso. No carro estavam também a sobrinha de 17 anos de Dionn e sua mãe, de 55 anos, que testemunharam o acidente.
Aline e Dionn moravam em Balneário Camboriú e trabalhavam juntos com atendimento veterinário domiciliar. Ela era proprietária de uma clínica, onde Dionn também atuava.
O luto se estendeu para além da família. Aline era filha do ex-prefeito de Pinheiro Preto, cidade do Oeste catarinense, que emitiu nota oficial lamentando a perda. O velório do casal foi realizado no Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú, com forte presença de amigos, familiares e pacientes da clínica.
O caso reforça a importância de ações mais rigorosas de fiscalização nas rodovias, especialmente no combate à embriaguez ao volante. Além disso, destaca a necessidade de campanhas educativas permanentes, capazes de prevenir tragédias como essa, que deixam marcas profundas em famílias e comunidades inteiras.