Na tarde de quinta-feira (6), um homem foi violentamente agredido por banhistas em uma praia da cidade de Itapoá, localizada no litoral do estado de Santa Catarina. Segundo relatos de testemunhas e vídeos que circulam nas redes sociais, ele teria mostrado suas partes íntimas para crianças que estavam no local.
A situação gerou revolta entre os frequentadores da praia, levando a um tumulto que resultou na tentativa de linchamento. Além da suposta exposição indecente, informações divulgadas por banhistas indicam que o homem teria corrido atrás de uma menina, o que aumentou ainda mais a indignação das pessoas presentes.
Diante da suspeita, um grupo de banhistas o cercou, amarrou e desferiu agressões antes da chegada das autoridades. O ato foi registrado em vídeos, que mostram um grande número de pessoas envolvidas na ação. A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local para controlar a situação.
De acordo com uma fonte que preferiu não se identificar, mesmo com a presença dos policiais, nenhuma testemunha se dispôs a formalizar uma denúncia contra o homem, tampouco relatou ter presenciado diretamente o crime de atentado ao pudor ou abuso.
Sem um registro oficial, os agentes não puderam encaminhá-lo por suspeita de qualquer delito. No entanto, devido às agressões sofridas, o homem precisou de atendimento médico.
Equipes do Corpo de Bombeiros prestaram os primeiros socorros no local, constatando ferimentos no rosto e no crânio. Em seguida, ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade para receber cuidados médicos mais detalhados.
Até o momento, nenhum dos banhistas que participaram da agressão foi identificado ou detido. A prática de linchamento, apesar de ser uma resposta emocional à indignação popular, é considerada crime pela legislação brasileira, pois configura justiça com as próprias mãos, sem o devido processo legal.
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O caso levanta debates sobre segurança em locais públicos e o papel da população diante de suspeitas de crimes. A ausência de denúncias formais impede que as autoridades avancem na investigação e tomem medidas cabíveis.
A Polícia Militar continua acompanhando a situação e poderá tomar providências caso novas informações surjam. As autoridades responsáveis pelo atendimento da ocorrência não revelaram o nome dos envolvidos.