Coberturas jornalísticas realizadas em momentos de grande comoção internacional exigem precisão, agilidade e conhecimento profundo dos contextos envolvidos.
Em meio às transformações e turbulências que marcam o Vaticano, uma figura da imprensa brasileira volta a ocupar o centro das atenções: Ilze Scamparini, correspondente da Globo na Itália desde 1999, assume novamente o papel de relatar, em tempo real, os desdobramentos da morte de um Papa.
Com o falecimento de Francisco, aos 88 anos, a jornalista conduz a cobertura do funeral e das cerimônias que antecedem a escolha de seu sucessor. A partir de um terraço no sexto andar de um edifício situado nas proximidades da Piazza di Pasquino e da Embaixada do Brasil em Roma, Ilze entrou ao vivo nas primeiras horas desta última segunda-feira (21).
Com ventos fortes marcando sua transmissão, a repórter reforçou sua presença simbólica e profissional em um momento histórico para a Igreja Católica. Seu prestígio nesse nicho também se deve à familiaridade com os bastidores do poder na Santa Sé.
Com experiência em coberturas anteriores, como a morte do papa emérito Bento XVI, em 2022, e do papa João Paulo II, em 2005, Ilze consolidou-se como referência no jornalismo internacional ao tratar de assuntos ligados ao Vaticano.
Um de seus momentos mais emblemáticos aconteceu durante o voo de retorno do Rio a Roma em julho de 2013, quando, em entrevista com o Papa Francisco, questionou sobre a existência de um lobby gay na Igreja.
A resposta do pontífice teve grande repercussão mundial, consolidando ainda mais a reputação da jornalista. Nas redes sociais, Ilze tornou-se personagem frequente de memes e homenagens bem-humoradas, como no último Carnaval, quando foliãs se vestiram com seus trajes característicos.
Sua constante aparição em coberturas emergenciais, mesmo durante férias, como ocorreu em fevereiro deste ano diante do agravamento do estado de saúde de Francisco, é um sinal claro de seu compromisso com a informação de qualidade e com a história em formação.
Neste novo ciclo do Vaticano, ela segue como uma das principais narradoras dos eventos que moldarão o futuro da Igreja Católica. A jornalista deve acompanhar o velório do papa Francisco que vai até dia 26 de abril.