A Polícia Civil realizou na quarta-feira (22) a prisão de Roberta Miranda Nascimento, acusada de integrar o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil, com atuação no bairro do Guamá, em Belém.
Além de sua posição de liderança no grupo, Roberta é suspeita de envolvimento direto na morte do policial militar reformado Otacílio José Queiroz Gonçalves, conhecido como “Cilinho”, em abril de 2023.
Segundo investigações, Roberta desempenhava um papel central na organização criminosa, sendo responsável por transportar drogas e armamentos do Rio de Janeiro para a capital paraense. Após anos foragida, ela foi encontrada no morro da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde vinha sendo monitorada pelas autoridades.
O assassinato de “Cilinho”
O caso que motivou a prisão de Roberta teve como vítima o ex-policial militar “Cilinho”, morto a tiros em 23 de abril de 2023, no bairro do Guamá. De acordo com a polícia, o crime foi premeditado e executado por três indivíduos que utilizaram uma kitnet alugada em frente à residência do ex-PM para monitorá-lo por semanas antes do ataque. Após o assassinato, os suspeitos fugiram do local.
Apesar de ser vítima do crime, “Cilinho” também tinha um histórico controverso. Em 2017, ele foi condenado a 29 anos de prisão por homicídio qualificado e por envolvimento em uma milícia privada.
Ele foi acusado de participação em uma chacina que ocorreu em Belém entre os dias 4 e 5 de novembro de 2014, quando 10 pessoas foram executadas em diversos bairros da cidade, incluindo um jovem de 16 anos.
Contexto da prisão
A investigação aponta que Roberta possuía forte influência no Comando Vermelho na região de Belém, utilizando sua posição para coordenar ações criminosas e facilitar o tráfico de drogas. Sua prisão representa uma importante vitória no combate à criminalidade organizada na região Norte do país. As autoridades afirmam que ela terá de responder por diversos crimes, incluindo sua ligação com a morte de “Cilinho”.
Este caso expõe as complexas relações entre facções criminosas e o histórico de violência na região, ressaltando a importância de um trabalho contínuo das forças de segurança para desarticular essas organizações e garantir a segurança pública. A investigação seguirá para esclarecer todos os detalhes relacionados ao caso.