A Polícia Civil de São Paulo está avançando nas investigações sobre o assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, desaparecida em Cajamar no final de fevereiro.
Os investigadores acreditam estar próximos de esclarecer o crime, especialmente após a análise do celular de Maicol Antônio Sales dos Santos, principal suspeito preso.
O aparelho foi submetido a um exame detalhado com o uso da ferramenta “Cellebrite”, tecnologia capaz de recuperar arquivos apagados. O conteúdo encontrado reforçou as suspeitas contra ele, evidenciando que a jovem era monitorada desde agosto do ano passado, com registros de fotos e vídeos armazenados no dispositivo.
As informações coletadas apontam que Maicol vinha seguindo Vitória há meses, o que sugere um comportamento obsessivo. A jovem trabalhava em um shopping da região e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando retornava para casa após o expediente.
Imagens de câmeras de segurança mostram que ela caminhava em direção a um ponto de ônibus, trajeto que percorria diariamente. Durante esse percurso, um carro com dois homens parou e os ocupantes conversaram com ela por alguns instantes.
A abordagem gerou desconfiança, levando Vitória a enviar mensagens para uma amiga relatando sua preocupação com o comportamento da dupla. Em seguida, mais dois homens chegaram ao ponto de ônibus e permaneceram ali.
Os três embarcaram no coletivo, mas, conforme relatado por Vitória, desceram antes de seu destino. O depoimento do motorista do ônibus confirmou que Vitória desceu sozinha no local habitual, uma estrada de terra no bairro Ponunduva, onde morava com a família.
Esse foi o último momento em que a adolescente foi vista com vida. No dia 8 de março, a polícia efetuou a prisão de Maicol, dono de um Toyota Corolla prata. Durante a perícia, fios de cabelo foram encontrados no veículo, levantando a hipótese de que pertencem à vítima.
A prisão temporária foi decretada após inconsistências em seu depoimento. O suspeito alegou que estava em casa na noite do desaparecimento, mas sua esposa deu uma versão diferente, afirmando que passou aquela noite na casa da mãe e que apenas trocou mensagens com ele.
Pouco depois da prisão de Maicol, a polícia localizou o cativeiro onde Vitória teria sido mantida antes de ser assassinada. O local exato não foi divulgado para não comprometer as investigações.
Para os investigadores, Maicol era o motorista do carro que participou do crime e desempenha um papel crucial na apuração do caso. As novas provas podem esclarecer se ele agiu sozinho ou se houve a participação de outros envolvidos.
Com a brutalidade do crime e os detalhes que vêm à tona, a expectativa agora gira em torno da conclusão do inquérito e da obtenção de novas provas forenses.
A análise dos vestígios de sangue encontrados no veículo e na residência do suspeito será fundamental para confirmar sua ligação direta com o assassinato. Enquanto isso, a família da vítima e a população acompanham o desenrolar do caso, esperando por justiça para a jovem Vitória.