Casos de desaparecimento infantil, especialmente quando envolvem recém-nascidos, comovem e mobilizam rapidamente autoridades e comunidades inteiras. A gravidade aumenta quando as investigações revelam inconsistências nos relatos dos responsáveis e indícios apontam para desfechos ainda mais trágicos.
Em cidades pequenas, onde a estrutura de apoio é limitada e os vínculos sociais são mais estreitos, essas situações ganham proporções ainda maiores. Em Novo Lino, cidade alagoana com pouco mais de 11 mil habitantes, a busca pela bebê Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, se intensificou nesta segunda-feira (14).
A operação, que inicialmente tratava o caso como sequestro, teve uma reviravolta após a mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, mudar sua versão durante depoimento à Polícia Civil.
Com a nova declaração, cuja natureza ainda não foi revelada, os investigadores passaram a considerar a possibilidade de que a recém-nascida esteja morta. As buscas se concentram agora nas imediações da casa da família, com apoio do Corpo de Bombeiros.
A estratégia inclui varreduras minuciosas em locais como cisternas, lixeiras e outros pontos que possam servir para descarte de corpo. Segundo o delegado Igor Diego, uma das linhas de investigação é de que a criança pode ter sido morta e o corpo envolvido em sacolas plásticas.
Inicialmente, Eduarda havia relatado que a filha foi levada à força por criminosos em um carro preto enquanto ela esperava o transporte escolar com o outro filho, de cinco anos.
A informação mobilizou polícias de Alagoas e Pernambuco. Um carro com as mesmas características foi localizado em Vitória de Santo Antão, no estado vizinho.
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O motorista, detido temporariamente, alegou ser despachante e conseguiu comprovar sua inocência após depoimento, embora o veículo tenha sido apreendido para perícia.
O caso segue sob investigação intensa e cercado de incertezas. O clima entre os moradores é de expectativa e apreensão, enquanto as autoridades trabalham para esclarecer o destino da bebê.
Situações como essa evidenciam a importância de protocolos rigorosos de apuração e apoio psicológico às famílias envolvidas, além de reforçar o papel das instituições na proteção da infância.