A Polícia Civil de São Paulo prendeu Maria Francileide, de 55 anos, suspeita de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o policial civil Arnaldo José Nascimento, ocorrido em São Miguel Paulista, zona leste da capital paulista. Inicialmente ouvida como testemunha e viúva, Maria foi flagrada posteriormente na residência de um dos suspeitos, o que levantou suspeitas sobre seu envolvimento no crime.
As investigações apontam inconsistências nos depoimentos de Maria Francileide. Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento do crime e mostram que ela estava no local instantes após o assassinato, saindo aparentemente calma.
A polícia identificou que os suspeitos Ronaldo da Silva, conhecido como “Tatu”, e Douglas Cabral de Oliveira, que foi preso no dia do crime, entraram na gráfica mantida pelo casal antes do homicídio.
Apesar das evidências, Maria alegou que não conhecia os envolvidos e negou reconhecer Douglas, mesmo tendo ficado frente a frente com ele. Os delegados responsáveis pelo caso, Antônio José Pereira e Luiz Augusto Romani, ressaltaram a atitude fria da suspeita e sua relutância em colaborar com a identificação dos criminosos.
Segundo Romani, a reação de Maria após o crime foi atípica para alguém que acabara de perder o marido, afirmando que ela sequer analisou adequadamente as fotos dos suspeitos.
Além disso, testemunhas relataram que Maria teria mencionado estar a caminho da casa de um dos envolvidos no assassinato, o que reforçou os indícios contra ela.
Ronaldo da Silva, que prestava serviços terceirizados para a gráfica da vítima, segue foragido, enquanto a polícia busca esclarecer totalmente as circunstâncias do crime. Maria Francileide nega todas as acusações, mas os investigadores acreditam que há provas suficientes para apontá-la como mandante do homicídio.
O caso segue em investigação, com a polícia analisando novas pistas e depoimentos para elucidar os motivos que levaram ao crime, que chocou a comunidade local e levantou questões sobre o relacionamento entre os envolvidos.