O caso da morte do pequeno Gael Estevan Caldeira Machado, ocorrida em 14 de maio de 2024, tomou um novo rumo nesta semana com o indiciamento de sua mãe e padrasto por homicídio culposo, isto é, sem a intenção de matar.
A tragédia aconteceu um dia antes de Gael completar dois anos e se desenrolou no bairro Espinheiros, onde a criança vivia com sua família. No dia do incidente, o casal levou Gael a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), alegando que o menino havia se engasgado, mas as investigações revelaram outro cenário.
De acordo com o delegado Marcos Okuma, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), a análise dos fatos apontou negligência nos cuidados diários da criança, mas não maus-tratos diretos.
A investigação revelou que Gael sofria de anemia severa, relacionada a um traumatismo toracoabdominal que acabou sendo fatal. Segundo o laudo pericial, a causa da morte foi o traumatismo, possivelmente provocado por tentativas incorretas de manobras para desobstrução das vias aéreas.
Este dado sugere que a falta de conhecimento ou a imprudência ao realizar o socorro contribuíram para o desfecho trágico. Além disso, o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina, que ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o caso.
Gael, que era aluno do Centro de Educação Infantil Professora Diva Vieira Abrantes, no bairro Espinheiros, já apresentava um histórico de saúde delicado, embora o laudo tenha esclarecido que sua condição anêmica não era resultante de privação alimentar, mas associada aos ferimentos.
A morte de Gael abre discussões importantes sobre os cuidados infantis e a preparação para primeiros socorros em casos de emergência. Em situações como essa, uma ação rápida e correta pode ser a diferença entre a vida e a morte, o que ressalta a necessidade de treinamento básico para pais e cuidadores, visando reduzir tragédias evitáveis.