As recentes denúncias envolvendo a ex-deputada Flordelis dos Santos reacenderam o debate sobre o que acontecia dentro de seu ambiente familiar e mais detalhes foram expostos.
Condenada em 2022 a 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, Anderson do Carmo, ela agora é apontada como protagonista de práticas de incesto, manipulação psicológica e hierarquia coercitiva contra filhos adotivos.
As informações, divulgadas pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., detalham um cenário comparado a uma “seita”.
Segundo relatos, a residência de Flordelis era dividida em três níveis, com acesso a alimentos e privilégios condicionados a rituais degradantes, no “nível 1”, os filhos adotivos recebiam apenas pão e água.
No nível 2, havia uma melhoria na alimentação, mas ainda existia uma grande submissão a regras rígidas. No nível 3, os meninos eram obrigados a manter realções sexuais com Flordelis. “Tinha que transar com ela”, explicou.
Testemunhas do julgamento e investigações policiais corroboram as acusações, com rituais secretos, práticas envolvendo nudez, sangue e atos sexuais eram comuns, como uma “verdadeira seita”.
Flordelis usava sua imagem de “profeta” para justificar abusos, naturalizando a dominação sobre os filhos, muitos em situação de vulnerabilidade antes da adoção.
Anderson do Carmo, pastor assassinado em 2019, também mantinha relações íntimas com os filhos adotivos, segundo a delegada Bárbara Lomba , o que revela um ambiente inseguro para as crianças no local.
A ex-deputada cumpre pena na Penitenciária Talavera Bruce (RJ) desde 2021. Sua defesa alega problemas de saúde (AVC, depressão e crises convulsivas) para pedir prisão domiciliar, mas a Justiça mantém o regime fechado.
O caso Flordelis preocupa a muitos por mostrar como uma fachada pode trazer menores de idade para uma grande situação de vulnerabilidade. Diante disso, muitos lamentam o ocorrido e esperam que a ex-política cumpra sua pena na Justiça.