Nesta quarta-feira (23/04), várias notícias sobre uma fraude no INSS ganharam espaço na imprensa. O caso virou alvo da Polícia Federal, que abriu uma investigação para esclarecer os fatos e encontrar os responsáveis.
A suspeita de fraude ganhou espaço na imprensa após a Polícia Federal deflagrar a Operação Sem Descontos, que cumpriu mandados nesta quarta. As investigações, no entanto, já duram mais de um ano.
Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, a Polícia Federal começou as investigações em dezembro de 2023, depois justamente de algumas peças jornalísticas do próprio portal.
A informação foi confirmada pelo juiz Massimo Palazzolo, titular da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que autorizou a Operação. As denúncias chegaram às autoridades após uma notícia-crime ser registrada.
O denunciante, segundo reconheceu o juíz, citou duas reportagens do portal, das datas 23/12/2023 e 26/12/2023, em que descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas eram denunciados.
Entenda o esquema que agora é investigado pela Polícia Federal
Segundo as denúncias, instituições faziam descontos automáticos (e não autorizados) nos pagamentos de aposentados e pensionistas. Uma dessas instituições era a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), que é citada em reportagens do portal.
O caso vem sendo investigado há mais de um ano e, nesta quarta, centenas de policiais estiveram envolvidos no cumprimento de mandados de apreensão e seis mandados de prisão. Os mandados foram cumpridos no DF e em 13 estados.
Em resposta as investigações, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado. Além dele, outros seis servidores também foram afastados das atividades, mas não tiveram os nomes revelados.
Segundo as informações, mais de R$1 bilhão em bens foram bloqueados pela Justiça. Além da Polícia Federal, a Corregedoria Geral da União também apura as denúncias. Novos desdobramentos são esperados.