Em meio ao crescente número de casos de violência doméstica que assolam o Brasil, um triste ocorrido na cidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, chama atenção para um grande problema social urgente e persistente.
A cada dia, mais mulheres enfrentam situações de risco dentro de seus próprios lares, vítimas de relacionamentos abusivos que, muitas vezes, terminam de forma irreversível.
Daniela Ghizi de Jesus, de 35 anos, era uma empresária conhecida por sua dedicação e simpatia. Dona de um estúdio de beleza, ela era descrita por familiares como alguém alegre, cuidadosa e querida por todos à sua volta.
Na última segunda, dia 9 de junho, sua vida foi interrompida de forma abrupta. O crime ocorreu em seu apartamento no bairro Mina União, onde ela foi encontrada morta, vítima de um disparo de arma de fogo.
O principal suspeito é seu ex-companheiro, também de 35 anos. Segundo testemunhas, o relacionamento havia terminado recentemente após episódios de comportamento possessivo por parte do homem.
Na cena do crime, ele foi encontrado gravemente ferido, ao lado da arma, e não resistiu aos ferimentos, falecendo horas depois no hospital. O episódio ocorreu enquanto a filha de seis anos da empresária estava no local.
Felizmente, a criança não se feriu fisicamente, mas a presença no momento do terrível ocorrido certamente deixará marcas emocionais. O Conselho Tutelar foi acionado e a menina foi entregue posteriormente ao pai biológico.
Vizinhos da vítima ouviram gritos vindos do apartamento e chamaram a polícia, que precisou arrombar a porta para acessar o local. O caso, ainda sob investigação, reforça a importância de discutir a prevenção da violência doméstica, promovendo redes de apoio e mecanismos eficazes para proteger mulheres em situação de risco.
