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Quem é o temido bicheiro suspeito de ordenar morte de rival em emboscada e que foi preso no RJ – VÍDEO

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As investigações sobre o caso continuam em andamento.

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu nesta terça-feira (29) Rogério Andrade, um dos mais influentes bicheiros do estado e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Andrade foi detido como resultado de uma nova denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que indicou seu envolvimento na morte do rival Fernando Iggnácio.

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A operação, chamada Último Ato, prendeu também Gilmar Eneas Lisboa, outro suspeito, em Duque de Caxias. O assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em 10 de novembro de 2020, aconteceu após uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes.

Iggnácio, herdeiro do lendário Castor de Andrade, foi morto a tiros de fuzil ao desembarcar de um helicóptero, supostamente em um ataque ligado à longa disputa pelo controle dos negócios ilegais do jogo do bicho no Rio de Janeiro.

Na sequência da prisão, a Justiça determinou que Rogério Andrade seja transferido para um presídio federal.  A trajetória de Rogério Andrade no submundo carioca é marcada por uma disputa violenta após a morte de seu tio, Castor de Andrade, em 1997.

Castor foi um dos mais poderosos contraventores do país, e sua morte deu início a uma divisão no império do jogo do bicho, colocando seu filho, Paulo Roberto de Andrade (o Paulinho), e o genro Fernando Iggnácio no comando dos negócios.

Rogério, que se considerava herdeiro legítimo, entrou em conflito com ambos. Em 1998, Paulinho foi assassinado, crime atribuído a Rogério, o que permitiu a este último ampliar seu domínio sobre o jogo do bicho e iniciar uma longa guerra com Iggnácio. Estima-se que essa disputa tenha deixado mais de 50 mortos, incluindo policiais envolvidos no esquema.

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Em operações anteriores, como a Calígula, deflagrada em 2022, Rogério e seu filho Gustavo foram alvo de uma ação que denunciou cerca de 30 pessoas ligadas à organização criminosa, resultando na prisão de figuras notórias, como os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém.

Andrade foi preso, mas posteriormente obteve liberdade monitorada e uso de tornozeleira eletrônica, a qual removeu em abril deste ano com autorização judicial. A investigação revela que, ao longo dos anos, Rogério Andrade ampliou seus domínios usando métodos violentos e mantendo uma estrutura que incluía extorsão, lavagem de dinheiro, corrupção e homicídios.

Ele é apontado como líder de uma organização criminosa que contava com a colaboração de ex-policiais, entre eles Ronnie Lessa, conhecido pela morte de Marielle Franco, e a delegada Adriana Belém, que facilitava as ações do grupo.

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No esquema, Gustavo Andrade, filho de Rogério, atuava como segundo em comando, sendo frequentemente chamado de “Príncipe Regente”. A prisão de Rogério Andrade marca um novo capítulo na tentativa das autoridades de conter o poder dos grupos de contravenção no Rio de Janeiro, que historicamente controlam o jogo do bicho e estão associados a atividades ilícitas.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.