O policial penal José Ramony Emanuel de Melo Costa foi preso no último dia 31 de outubro sob suspeita de facilitar a entrada de celulares em presídios na região metropolitana de Fortaleza.
Ramony, originário de Russas, interior do Ceará, ingressou na Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) em agosto de 2021, e, em pouco tempo, ocupou cargos de direção em três unidades prisionais da Grande Fortaleza.
Com um salário bruto de R$ 14.422,94 e líquido de R$ 11.016,13, ele exibiu em suas redes sociais momentos de luxo, com registros de viagens e outros itens de ostentação.
A prisão de Ramony foi resultado de uma operação meticulosa. A polícia organizou uma reunião com coffee break no presídio, onde o policial foi convidado sob o pretexto de participar de um evento interno. No intervalo para o café, Ramony foi levado para uma sala onde policiais civis e penais já o aguardavam.
Ali, ele recebeu voz de prisão. Após sua detenção, ele participou de uma audiência de custódia, onde a prisão temporária foi convertida em preventiva. O juiz do caso destacou que o policial utilizava sua posição privilegiada para contornar as vistorias das unidades e introduzir celulares para os detentos.
Durante a operação, uma quantidade significativa de dinheiro foi apreendida na residência de Ramony. Foram encontrados:
- R$ 3 mil no carro em que ele estava;
- R$ 18,3 mil em seu guarda-roupa no quarto do casal;
- R$ 18 mil em uma maleta no escritório;
- R$ 5 mil em uma gaveta na sala;
- R$ 1 mil em outro quarto da casa.
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Esses valores em dinheiro chamaram a atenção do juiz, que considerou o montante incomum e possivelmente ligado às atividades suspeitas. O caso de Ramony levanta preocupações sobre a corrupção e o tráfico de influência dentro do sistema prisional, evidenciando a necessidade de uma maior vigilância e controle nas operações internas das unidades prisionais do Ceará.