Na manhã desta segunda-feira (26), a população da cidade de Barreiras, localizada no interior do estado da Bahia, viveu momentos de pânico e terror.
Um adolescente de 14 anos invadiu o Colégio Municipal Eurides Sant’Anna e abriu fogo contra os estudantes que estavam no local esperando pelo início das aulas.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 7h20, para atender a ocorrência, imagens gravadas por pessoas que passavam pelo local mostram os alunos desesperados e em fuga pela rua diante da instituição de ensino.
Rivaldo Luz, delegado responsável pelo caso, afirmou que o adolescente era aluno da escola, porém, estava ausente há alguns dias. O jovem invadiu a unidade de educação com um revólver calibre 38, uma faca, uma machadinha e um objeto que parece ser uma bomba caseira.
Ele chegou a disparar contra os alunos que conseguiram fugir, contudo, a estudante cadeirante identificada como Geane da Silva Brito, de 19 anos, que era estudante do 9° ano, na instituição, foi alvo da fúria do adolescente.

Reprodução/ Instagram
Segundo as informações dos agentes de segurança, o adolescente deu vários tiros em Geane, quando a munição acabou, ele passou a golpear a vítima com a faca e a machadinha.
A seguir veja um desabafo comovente de José Ferreira, pai de Geane.
“O sentimento não é de culpado, porque um pai não se sente culpado no momento desse. Se eu tivesse na hora, eu me atravessava na frente da bala para salvar minha filha. Eu peço desculpa a vocês, porque é triste, um pai está na frente de uma situação dessa, é dolorido”, disse José Ferreira.
Nas redes sociais algumas postagem com discurso de ódio atribuídas ao adolescente foram identificadas pelos agentes de segurança.
O jovem foi alvejado por uma pessoa que ainda não foi identificada, ele foi alvejado em um dos ombros, abdômen e em uma das pernas e foi levado para uma unidade de saúde da região. Não há informação sobre o atual estado de saúde do atirador.
O pai do adolescente que é policial foi chamado para depor na delegacia da cidade, ele afirmou que tinha uma arma em casa e que acreditava que o filho não sabia onde ela estava guardada.
A polícia continua investigando o caso.