O recente assassinato de uma cuidadora de idosos em Goiânia expõe, mais uma vez, a cruel realidade do feminicídio no Brasil, onde o índice de crimes motivados por gênero preocupa autoridades e sociedade. Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento após uma recusa a uma investida do colega de trabalho.
O caso, que mobilizou a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e resultou na prisão do suspeito Marcelo Júnior Bastos Santos, de 27 anos, revela detalhes chocantes de violência ocorrida no ambiente de trabalho, um local que deveria ser seguro.
A família de Cintia alertou as autoridades sobre seu desaparecimento na segunda-feira, dia 4 de novembro, após ela não retornar para casa. De acordo com os parentes, ela foi deixada no local de trabalho pelo marido, onde atuava como cuidadora de idosos no bairro Cidade Jardim.
A investigação confirmou que, depois de entrar na residência, Cintia não foi mais vista. Essa situação levou a polícia a intensificar as buscas, especialmente após perceberem danos na cerca elétrica entre a casa onde ela trabalhava e um lote vizinho.
A entrada no terreno ao lado foi decisiva para a descoberta do corpo de Cintia, encontrado em uma área isolada e de difícil visualização. O suspeito, segundo investigações, teria usado uma fita de amarrar fraldas para estrangulá-la após uma tentativa frustrada de aproximação.
Imagens de câmeras de segurança mostraram que apenas Marcelo Júnior e o casal de idosos, ambos acamados, estavam presentes no local de trabalho durante o crime. Segundo as autoridades, após o ataque, o corpo foi arrastado até o lote vizinho na tentativa de ocultá-lo.
O caso traz à tona questões urgentes sobre a segurança de profissionais, especialmente mulheres, em ambientes que se mostram vulneráveis a agressões. Além disso, reforça a necessidade de políticas e práticas de combate ao feminicídio.
Combater esse tipo de violência passa não só pela criação de leis mais rigorosas, mas pela conscientização e apoio às vítimas, para que casos como o de Cintia sejam prevenidos e não repitam o triste ciclo de violência contra mulheres no país.