A Polícia Civil de São Paulo está investigando como morte suspeita e lesão corporal o caso de um elevador que caiu do 5º andar em um prédio que fica no Centro de São Paulo.
Nesta ocasião o piso do elevador cedeu e seus ocupantes caíram no fosso. O incidente, ocorrido em 6 de agosto, ganhou novos contornos após uma das vítimas, Adriana Maria de Jesus, de 45 anos, não resistir aos ferimentos e falecer no dia 14 de agosto.
O acidente também deixou feridos dois homens, de 63 e 27 anos, que foram levados para a Santa Casa com fraturas, mas já receberam alta. Adriana, que trabalhava há 11 anos na limpeza de um dos apartamentos do edifício, foi socorrida inicialmente consciente e pediu ao marido, que é porteiro do prédio, para cuidar de sua família.
No entanto, após ser levada ao hospital, entrou em estado de inconsciência, passando por cirurgias nas pernas e na cabeça devido ao inchaço no crânio, mas não conseguiu se recuperar. Seu marido, Gildélio, relatou que no dia do acidente o elevador não apresentava nenhum defeito aparente e que ela havia acabado de retornar do mercado.
Uma faixa colocada em frente ao edifício menciona os nomes das três vítimas e destaca que o elevador havia passado por manutenção apenas 12 dias antes do acidente.
A empresa responsável, Atlas Schindler, informou, por meio de nota, que está oferecendo suporte às autoridades para a investigação do ocorrido e manifestou solidariedade às vítimas e seus familiares.
“A Adriana foi um grande amor da minha vida. Fomos namorados na adolescência, nos reencontramos depois de 27 anos e estávamos juntos havia seis anos. Não tenho palavras para descrever como ela era. Fazia primeiro para os outros e depois para ela. Ela era uma pessoa incrível”, ressaltou Gildélio.
O caso gera apreensão entre moradores e trabalhadores da região, que temem pela segurança dos equipamentos. A Polícia Civil agora busca esclarecer as causas do acidente, enquanto os familiares de Adriana pedem justiça e reforçam a importância de se evitar novas tragédias.
Incidentes como este ressaltam a necessidade de rigor na fiscalização de equipamentos de transporte vertical em edificações, especialmente em locais com grande circulação de pessoas.
A conclusão da investigação deverá trazer respostas sobre as falhas que ocasionaram o acidente, mas também serve de alerta para que empresas e síndicos redobrem os cuidados com a manutenção e o uso de elevadores, garantindo assim a segurança de todos.