Uma tragédia abalou a região Norte de Goiânia no último fim de semana, quando uma menina de 7 anos, identificada como Maria Fernanda da Silva Barros, morreu após se afogar em um clube localizado no Setor Sítio Recreio Mansões do Campus.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou a criança já inconsciente. Procedimentos de reanimação foram realizados no local e, em seguida, ela foi transportada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o hospital.
Embora tenha chegado com sinais vitais, Maria Fernanda sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. A família da menina denuncia a ausência de salva-vidas no clube, questionando as condições de segurança do estabelecimento.
A falta de profissionais especializados em salvamento em áreas aquáticas levanta preocupações sobre a responsabilidade dos clubes em garantir um ambiente seguro para seus frequentadores, especialmente crianças.
Em resposta ao ocorrido, o clube em questão, o Goiânia Park, anunciou que não abriria no domingo (3), dia seguinte à fatalidade. Até o momento, o Mais Goiás buscou um posicionamento oficial do clube sobre a denúncia da família, mas não obteve resposta.
Este incidente ressalta a importância de práticas de segurança mais rigorosas em locais de recreação aquática, destacando a necessidade de supervisão e presença de salva-vidas para prevenir tragédias como essa. A perda de Maria Fernanda serve como um doloroso lembrete da responsabilidade coletiva na proteção de vidas em ambientes recreativos.
Afogamentos de crianças e adolescentes no Brasil
O Brasil enfrenta um preocupante cenário em relação aos afogamentos de crianças e adolescentes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, divulgados em análise dos registros de óbitos entre 2021 e 2022, o país registra, em média, três mortes diárias de menores por essa causa.
No período analisado, aproximadamente 2.500 crianças e adolescentes perderam a vida em acidentes de afogamento, um número que ressalta a urgência de medidas de prevenção e conscientização.
O relatório mostra que as crianças de um a quatro anos são as mais vulneráveis, representando 943 mortes durante o período. Essa faixa etária é particularmente suscetível por ainda não possuir habilidades consolidadas de natação e por depender amplamente da supervisão de adultos.
Logo em seguida, adolescentes de 15 a 19 anos compõem outra parcela significativa das vítimas, com 860 óbitos registrados. Essa faixa pode estar mais exposta a situações de risco em locais como rios, lagos e praias, onde o entusiasmo e a confiança excessiva podem contribuir para a ocorrência de tragédias.
Esses números reforçam a necessidade de maior vigilância e implementação de medidas preventivas, como a presença de salva-vidas em clubes e praias, a educação para segurança aquática desde a infância e a conscientização dos pais e responsáveis.
A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca que, embora esses incidentes sejam evitáveis, ainda ocorrem de maneira frequente, apontando para a importância de ações integradas de prevenção para evitar que mais vidas sejam perdidas.