Nesta segunda-feira (4) a morte de uma criança brasileira de 1 ano, Fatima Abbas, em um ataque de Israel na capital do Líbano, Beirute, foi confirmada pelo governo federal.
O incidente ocorreu no subúrbio de Hadeth, ao sul da cidade, e marcou a terceira morte de uma criança brasileira no contexto do atual conflito na região. O avô de Fatima, Ali Abbas, relatou que o filho, a nora e a neta estavam feridos e aguardavam repatriação para o Brasil quando foram atingidos por estilhaços.
Enquanto os pais da criança sobreviveram, a pequena Fatima não resistiu aos ferimentos. Essa tragédia traz à tona a situação das famílias que tentam deixar áreas de conflito em busca de segurança.
“Minha neta estava na cadeirinha, no banco de trás, meu filho com a esposa estavam na frente e aconteceu o bombardeio. Ai veio um pedaço daquele míssil na barriga da minha neta”, contou o avô da criança que está completamente devastado.
O Itamaraty confirmou a denúncia da família, acrescentando um tom de urgência à complexa operação de repatriação conduzida pelo governo brasileiro. Até o momento, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que 1.859 pessoas e 20 animais de estimação foram trazidos de volta ao Brasil por meio de voos de repatriação.
O décimo voo da operação pousou em Beirute na manhã desta última segunda-feira (4) e é esperado no Brasil nesta terça-feira (5). O caso da bebê Fatima Abbas evidencia os riscos que civis, incluindo crianças, enfrentam em zonas de conflito, reforçando a importância de esforços diplomáticos e de segurança para proteger aqueles que vivem em áreas afetadas por tensões e combates.
