Pouco mais de um ano depois de atirar contra uma delegada, o agente da PCDF, Rodrigo Rodrigues Dias, foi condenado pela 2ª Vara Criminal de Águas Claras. A decisão foi emitida no último dia 28.
O caso aconteceu em Vicente Pires, dentro de um bar. Conforme as investigações comprovaram, Rodrigo estava no local acompanhado por um amigo e a então namorada. Em dado momento, o policial civil deu um puxão no cabelo da companheira.
Na sequência, os dois trocaram agressões e a vítima deixou o local, trocando de assento para se afastar do policial. Depois disso, a delegada se aproximou e repreendeu o agente.
Rodrigo não gostou de ser repreendido e começou a discutir com a delegada Karen Langkammer. Em meio a discussão, o agente sacou sua arma e atirou contra a delegada, atingindo seu pé.
A defesa do policial tentou alegar que o agente havia agido em legítima defesa e que o tiro, que atingiu a delegada, na verdade foi dado contra o chão, apenas para afastar a delegada.
Em sua decisão, o juiz Gilmar Rodrigues Silva entendeu que não houve legítima defesa porque o agente não estava ameaçado, tendo em vista que a delegada não estava armada.
“Nesse caso, também não há que falar em legítima defesa, porquanto o acusado não estava sendo perseguido por Karen, não representando esta qualquer ameaça ou risco ao denunciado, uma vez que estava desarmada”, escreveu.
Toda a cena foi flagrada por câmeras de segurança do estabelecimento e as imagens foram usadas pelo magistrado. Rodrigo foi condenado a 3 anos de reclusão e também deverá pagar uma multa de danos morais.
A delegada deverá receber R$3 mil, em caráter de indenização, enquanto outras duas vítimas vão receber R$2,5 mil e R$1 mil, cada uma. As duas outras vítimas não tiveram os nomes revelados.