Uma cerimônia de batismo terminou em tragédia no Rio Guandu, em Nova Iguaçu, quando Hendiel Rane Estevão de Oliveira Domingos, adolescente de 16 anos, perdeu a vida após ser arrastada pela forte correnteza. O pastor Edmilson Melo, que tentou salvá-la, também foi levado pelas águas e permanece desaparecido.
O incidente ocorreu após a conclusão do ritual religioso, quando as crianças presentes solicitaram permissão para se refrescar na área conhecida como Prainha do Guandu, localizada no quilômetro 37 da estrada Rio-São Paulo, devido ao intenso calor que fazia no momento.
A mãe da jovem, Hosana da Cruz, presenciou o momento dramático e relatou com pesar: “Quando eu vi, ela já estava sendo arrastada. O pastor tentou salvá-la, mas acabou sendo levado também e está desaparecido”.
Durante o reconhecimento do corpo no Instituto Médico-Legal de Nova Iguaçu, a família compartilhou detalhes sobre Hendiel, revelando que a adolescente era autista e a caçula de três irmãos, tornando a perda ainda mais dolorosa para os familiares.
O pai da jovem, Sebastião de Oliveira Domingos, expressou sua dor de forma comovente: “Não tem como descrever isso. É uma dor muito grande. É horrível, não desejo isso para pai ou mãe”.
O Corpo de Bombeiros localizou o corpo da adolescente ainda no domingo e retomou as buscas pelo pastor Edmilson Melo na manhã seguinte, mobilizando equipes especializadas para a operação de resgate.
A comunidade local se mobilizou nas buscas, como demonstram imagens compartilhadas nas redes sociais, que registram moradores e membros do grupo religioso participando das tentativas de localização das vítimas.
A região onde ocorreu o acidente já era conhecida por seus riscos. Moradores preocupados com a segurança instalaram placas de advertência nos pontos mais utilizados para banho, com mensagens alertando sobre os perigos da correnteza e riscos de afogamento.
O Rio Guandu representa a única opção de lazer para muitos moradores da região, apesar dos perigos conhecidos. As placas de sinalização incluem avisos específicos sobre a supervisão de crianças e os riscos da correnteza.
A 56ª Delegacia de Polícia (Comendador Soares) registrou a ocorrência e iniciou as investigações para apurar as circunstâncias que levaram a este trágico desfecho durante o que deveria ser um momento de celebração religiosa.