Juliana Marins, de 26 anos de idade, foi encontrada sem vida na Indonésia quatro dias após ter sofrido uma queda em uma região que continha um vulcão. Sua morte levantou debates sobre quais são os limites do corpo humano em situações como essas e o quão crítico é os momentos de resgaste. Especialistas apontam que uma combinação de fatores provavelmente levou ao desfecho.
Os fatores citados são hipóxia, hipotermia e desidratação. O neurocirurgião, Denildo Veríssimo, explica que a atitude do vulcão, superior a 3.700 metros, é um dos principais fatores de risco.
Nesse ambiente, a baixa concentração de oxigênio pode causar hipóxia, o que traz sintomas como confusão mental e sonolência, que podem evoluir para danos permanentes, caso a exposição seja prolongada.
Além disso, a imobilização em um local com temperaturas baixas e sem acesso a água agrava esse quadro. “Um coágulo pode se formar nas pernas e migrar para os pulmões (causando embolia pulmonar) ou a hipóxia e hipotensão levarem a um AVC”, declarou.
Hipotermia e desidratação grave também são apontadas como possíveis causas diretas da morte nestes casos. Nesta situação, o especialista ressalta a importância da ‘hora de ouro’, a primeira hora após um trauma grave, como decisiva para sobrevivência.
Um resgate rápido poderia ter mudado o destino da jovem, já que é nesse intervalo que as chances de evitar danos neurológicos irreversíveis e outras complicações são maiores.
Cada minuto que a publicitária passou sem o suporte adequado aumentou os riscos de tromboses, embolias e falência múltiplas. Inclusive, danos neurológicos silenciosos e irreversíveis podem ter acontecido momentos após as primeiras horas.
Juliana caiu de uma altura de aproximadamente 600 metros durante o período da madrugada desta sexta-feira, dia 20 de junho, no horário do Brasil, e sua morte foi confirmada nesta terça-feira, dia 24 de junho.
