Sobrevivente do atentado à Escola Estadual Thomazia Montoro, a professora Rita de Cássia Reis recebeu alta hospitalar e falou brevemente com a imprensa sobre o caso. Rita foi uma das professoras atacadas por um aluno de 13 anos.
Rita explicou que estava na sala ao lado da sala onde houve o primeiro ataque. Segundo a professora, ela viu a correria dos alunos no corredor e ainda pediu aos alunos para corressem devagar, para não se machucarem.
O ataque contra profissionais da escola teria sido motivado por bullying, segundo o adolescente. Rita, no entanto, vinha sendo sua tutora na unidade, inclusive por escolha do próprio aluno.
Rita ainda contou que tudo aconteceu muito rápido e que não sabe descrever se o aluno interrompeu o ataque, ou se foi interrompido por alguém. “Ele desferiu três golpes (…) Ele veio com a faca na direção do meu rosto, o que poderia ter sido fatal”, descreveu.
A professora foi socorrida por uma secretária escolar e uma aluna. Apenas no hospital ela tomou conhecimento da identidade do aluno, que usava máscara no momento do ataque.
Rita ainda confirma o histórico de confusões do aluno, além de confirmar também que o garoto era vítima de bullying. Ela, que tinha proximidade com ele, descreve o adolescente como “briguento”.
“Ele é briguento, um rapaz sempre metido em confusão (…) Ele já havia brigado com tapas, algo de criança, mas que teve consequências sérias”, disse ela.
A professora ainda criticou o governo do estado de São Paulo. Rita ficou sob observação no hospital e afirma não ter sido procurada por nenhum representante do governo, apesar das declarações de que todos os afetados estavam recebendo apoio.