Em junho de 2023, Preta Gil fez um desabafo impactante sobre sua batalha contra o câncer de intestino durante uma entrevista no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga.
A cantora compartilhou detalhes sobre como percebeu que algo estava errado com seu organismo, revelando que os primeiros sinais vieram através de mudanças em suas fezes.
Preta relatou que começou a notar sintomas preocupantes, como prisão de ventre, fezes achatadas e presença de sangue, o que a levou a procurar ajuda médica.
O momento decisivo ocorreu quando Preta, já internada com um diagnóstico inicial de cefaleia, teve uma experiência alarmante.
Ela descreveu que, ao ir ao banheiro, sentiu algo escorrendo pelas pernas e, ao verificar, percebeu que era sangue. Logo depois, começou a se sentir mal, desmaiou e foi levada às pressas para o hospital.
Os médicos, ao realizarem os exames necessários, incluindo tomografia e ressonância magnética, identificaram um tumor de seis centímetros em seu reto, marcando o início de sua luta contra a doença.
“Tinha muita prisão de ventre, fezes achatadas, sangue nas fezes e entrei no hospital com um diagnóstico de cefaleia. Fui ao banheiro e senti uma coisa escorrer nas minhas pernas, quando olhei era sangue. Comecei a me sentir mal, tive um desmaio, me levaram às pressas para o hospital, médicos pediram tomografia, ressonância e na primeira tomografia já apareceu o tumor. Tem seis centímetros”, revelou a cantora naquela ocasião.
A experiência de Preta Gil destaca a importância de estar atento aos sinais e sintomas do corpo, especialmente no que se refere às mudanças nas fezes, que podem ser um indicativo precoce de câncer no intestino.
Os médicos reforçam que alterações no formato, cor e consistência das fezes não devem ser ignoradas, pois podem ser sinais de alerta para problemas graves, como o câncer colorretal.
Veja o que os 7 tipos de fezes podem dizer sobre sua saúde:
1 – Bolinhas duras e pequenas
As fezes do tipo 1, caracterizadas por pequenas bolinhas duras e separadas, muitas vezes comparadas a “coquinhos”, são um sinal claro de que algo está errado com a flora intestinal.
Esse tipo de fezes geralmente é difícil de evacuar e está associado a uma alteração aguda no equilíbrio das bactérias intestinais, que pode ocorrer após o uso de antibióticos ou como resultado de uma dieta pobre em fibras.
A falta de fibras e bactérias saudáveis no intestino faz com que o corpo não consiga reter água adequadamente nas fezes, resultando em pedaços duros e difíceis de serem eliminados.
Esse esforço para evacuar pode levar a sangramentos no ânus, tornando a condição ainda mais desconfortável e dolorosa. Além disso, é comum que a pessoa não sinta flatulência, pois a ausência de fibras e bactérias impede a fermentação no intestino, processo que normalmente gera gases.
Para regular o intestino e evitar a formação desse tipo de fezes, é essencial aumentar a ingestão de fibras na dieta. Isso pode ser feito incorporando alimentos integrais, frutas e verduras nas refeições diárias.
2 – Tipo linguiça encaroçada
2 – Tipo linguiça encaroçada
As fezes do tipo 2 são caracterizadas por uma massa compacta, mas com uma textura grumosa ou encaroçada, o que as torna particularmente difíceis e dolorosas de evacuar.
Este tipo de fezes tende a ser rígido e pode ser maior do que a abertura do canal anal, exigindo um esforço considerável para ser eliminado. Como resultado, é comum que ocorram complicações como sangramento, fissuras anais, hemorroidas e, em casos mais graves, diverticulose. A diverticulose ocorre quando pequenas bolsas, chamadas divertículos, se formam nas paredes do intestino, especialmente no cólon.
Esse distúrbio pode ser assintomático, mas quando os divertículos se inflamam ou infeccionam, leva à diverticulite, que pode causar dor abdominal intensa e outras complicações graves. Sintomas comuns de diverticulose incluem dor no abdômen, alterações nos hábitos intestinais e, em alguns casos, sangramento retal.
O tratamento geralmente envolve ajustes na dieta, com aumento na ingestão de fibras, e em casos mais graves, o uso de antibióticos ou até cirurgia.As causas mais comuns para a formação de fezes do tipo 2 incluem condições como hemorroidas e fissuras anais, que dificultam a evacuação regular, além de hábitos como a retenção ou o atraso na defecação.
A prisão de ventre crônica também é um fator contribuinte significativo, e a pressão contínua de fezes grandes nas paredes intestinais pode levar ao desenvolvimento da síndrome do intestino irritável (SII), uma condição que causa dor abdominal, inchaço e alterações nos hábitos intestinais.
Para tratar esse tipo de fezes, é essencial buscar orientação de um gastroenterologista, que poderá recomendar o uso de laxantes para facilitar o trânsito intestinal e reduzir o esforço necessário para a evacuação. Além disso, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada e rica em fibras, como frutas, legumes e grãos integrais, além de garantir uma hidratação adequada com a ingestão de bastante água.
3 – Forma parecida com linguiça com rachaduras
O tipo 3 de fezes, semelhante ao tipo 2, também apresenta uma consistência rígida e grumosa, porém, o tempo de permanência das fezes no intestino é menor. Isso faz com que o tamanho das fezes seja relativamente menor e a frequência das evacuações seja mais regular.
No entanto, ainda é necessário realizar algum esforço durante a evacuação, o que pode gerar desconforto e dor. As causas e consequências desse tipo de fezes são praticamente as mesmas observadas no tipo 2, incluindo fatores como prisão de ventre crônica, retenção de fezes e condições como hemorroidas e fissuras anais.
Além disso, a pressão exercida pelas fezes endurecidas nas paredes intestinais pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome do intestino irritável (SII), causando dor abdominal, inchaço e alterações nos hábitos intestinais.
Embora as fezes do tipo 3 sejam mais fáceis de evacuar do que as do tipo 2, a necessidade de esforço contínuo ainda pode causar ou agravar problemas como hemorroidas e fissuras anais.
Por isso, o tratamento e a prevenção desse tipo de fezes também seguem as mesmas orientações, focando em aumentar a ingestão de fibras na dieta, beber bastante água e, em alguns casos, o uso de laxantes prescritos pelo médico para melhorar o trânsito intestinal.
4 – Salsicha lisa e macia
As fezes do tipo 4 são consideradas o padrão ideal de saúde intestinal. Elas têm um formato alongado, liso e macio, assemelhando-se a uma salsicha ou cobra. Este tipo de fezes indica que o trânsito intestinal está funcionando bem, com a evacuação ocorrendo de forma regular e sem esforço excessivo.
A consistência e o formato dessas fezes refletem um equilíbrio adequado de hidratação e fibra na dieta, permitindo uma passagem suave pelo trato intestinal. Manter fezes nesse formato é um sinal positivo de que o intestino está saudável, sendo um objetivo para aqueles que desejam melhorar a regularidade e a qualidade das suas evacuações
5 – Pedaços macios
As fezes do tipo 5 são caracterizadas por pedaços macios e separados, com bordas bem definidas. Esse tipo de fezes é fácil de evacuar e geralmente indica uma boa saúde intestinal.
É comum entre pessoas que têm um trânsito intestinal rápido, resultando em evacuações frequentes, geralmente de 2 a 3 vezes por dia. Isso costuma ocorrer após as grandes refeições, quando o reflexo gastrocólico – a resposta do intestino ao consumo de alimentos – estimula a necessidade de evacuar.
Esse tipo de fezes pode ser considerado saudável, especialmente se a pessoa está seguindo uma dieta rica em fibras e bebendo bastante água, o que ajuda a manter as fezes macias e fáceis de passar.
A regularidade nas evacuações e a consistência das fezes tipo 5 indicam que o intestino está funcionando eficientemente, processando os alimentos e eliminando os resíduos de forma adequada.
6 – Massa pastosa e macia
As fezes do tipo 6 são caracterizadas por uma massa pastosa e fofa, com bordas irregulares. Esse tipo de fezes geralmente é difícil de controlar, resultando em uma necessidade urgente de evacuar.
Além disso, o uso de papel higiênico para limpar pode ser menos eficaz, causando sujeira e desconforto, o que torna a duchinha do banheiro uma opção mais adequada para a higiene.
As causas desse tipo de fezes podem variar, mas incluem um cólon ligeiramente hiperativo, que acelera o trânsito intestinal, levando a uma consistência menos firme.
Outra possível causa é o excesso de potássio na dieta, que pode afetar a textura das fezes. Desidratação repentina também pode ser um fator, pois a falta de água pode resultar em fezes menos formadas. Além disso, o aumento da pressão arterial relacionado ao estresse pode contribuir para esse padrão de evacuação.
Outros fatores que podem levar à formação de fezes do tipo 6 incluem o uso frequente de temperos caseiros, que podem irritar o trato digestivo, o consumo excessivo de bebidas energéticas, que podem alterar a função intestinal, e o uso excessivo de laxantes, que pode desregular o ritmo normal do intestino.
7 – Diarreia
As fezes do tipo 7 são caracterizadas por diarreia, com evacuações totalmente líquidas e sem pedaços sólidos. Esse tipo de fezes é frequentemente acompanhado por sintomas como desidratação e dores abdominais, e pode ser um sinal de que o sistema digestivo está enfrentando algum tipo de distúrbio significativo.
A diarreia do tipo 7 pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções virais ou bacterianas (como viroses e infecções intestinais), intolerâncias alimentares (como a intolerância à lactose), e outras condições que afetam o trato gastrointestinal.
Este tipo de diarreia é especialmente comum em crianças, que ainda não desenvolveram completamente sua flora intestinal, e em idosos, que podem ter um sistema digestivo mais sensível.
Devido ao risco de desidratação, que é uma consequência grave da perda excessiva de líquidos, é crucial buscar orientação médica ao apresentar esse tipo de fezes. O tratamento geralmente envolve medidas para reidratar o corpo, como o uso de probióticos para restaurar a flora intestinal e a administração de soro intravenoso em casos mais severos.
Além disso, é recomendada uma dieta leve e de fácil digestão, que pode incluir alimentos como arroz, banana, maçã sem casca e torradas, para ajudar a estabilizar o sistema digestivo sem irritá-lo ainda mais.
A intervenção médica e o cuidado adequado são essenciais para prevenir complicações mais sérias associadas à diarreia, garantindo a recuperação da saúde intestinal e o bem-estar geral.