Viagens a destinos exóticos, muitas vezes impulsionadas pela busca de experiências únicas e conexão com a natureza, também podem envolver riscos severos, especialmente em áreas de difícil acesso ou com infraestrutura precária de resgate.
O caso recente envolvendo a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair durante uma trilha no segundo maior vulcão da Indonésia, escancarou essas vulnerabilidades e gerou comoção nacional.
O caso ganhou nova dimensão após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrar em contato com a família da vítima nesta quinta-feira (26). Lula conversou por telefone com o pai de Juliana, Manoel Marins, e expressou solidariedade diante da perda da filha.
O presidente anunciou que determinou ao Itamaraty a prestação de todo o apoio necessário à família, incluindo os procedimentos para o translado do corpo ao Brasil, embora não tenha detalhado publicamente como esse suporte será operacionalizado.
A legislação brasileira não estabelece como obrigação do governo federal custear o traslado ou as despesas de sepultamento de cidadãos que morrem fora do país, o que faz com que, em muitos casos, essas responsabilidades recaiam sobre os familiares.
No entanto, gestos políticos como o de Lula podem mobilizar estruturas diplomáticas para viabilizar esse processo em caráter excepcional, especialmente em situações de grande repercussão.
Juliana foi encontrada sem vida na terça-feira, após uma operação de resgate que durou cerca de 15 horas e envolveu equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas).
A jovem havia desaparecido durante uma trilha em área vulcânica de difícil acesso, fato que, segundo a família, contribuiu para a demora no atendimento emergencial.
Os familiares acusaram as autoridades locais de negligência, argumentando que, se o resgate tivesse sido feito dentro do tempo estimado de sete horas, Juliana poderia ter sido salva.
A morte da jovem escancara a importância da segurança em atividades de ecoturismo e reforça a necessidade de protocolos de emergência mais eficientes em regiões turísticas.
O episódio também levanta reflexões sobre o papel dos governos em proteger seus cidadãos fora do país e a necessidade de parcerias internacionais para garantir resposta rápida em situações de risco.