Atualmente com 71 anos de idade, Fábio Jr. segue sendo considerado um ícone da música brasileira, tendo já décadas de sucesso nos palcos. Contudo, sua passagem pela televisão guarda um capítulo polêmico.
Considerado um dos maiores tropeços de sua carreira, ele escolheu estrelar Antônio Alves, Taxista, novela do SBT que completa vinte e nove anos em 2025.
Consagrado como o sedutor Jorge Tadeu em Pedra Sobre Pedra (1992) e o romântico Roque Santeiro (1985), Fábio Jr. era disputado por emissoras nos anos 1990. Em 1996, três propostas chegaram:
Uma delas, da emissora Globo, com o “Fim do Mundo”, outra da Manchete, com a produção “Tocaia Grande” e o “SBT”, com Antônio Alves, Taxista. Ele tinha muitas opções, mas acabou optando pelo SBT.
O SBT venceu ao apelar para seu lado sentimental: o personagem era um taxista, profissão de seu pai, Antônio. Fábio sugeriu até o nome do protagonista, herdando a identidade paterna.
A trama, uma adaptação do argentino Rolando Rivas, Taxista, parecia promissora, mas os problemas começaram antes das gravações. A produção, feita em parceria com a argentina Ronda Studios, já nasceu sob mau presságio. Sonia Braga, inicialmente escalada, abandonou o projeto, criticando o roteiro e a superficialidade de sua personagem.
Substituída por Branca de Camargo, a novela estreou em 6 de maio de 1996, no horário nobre do SBT, mas rapidamente se tornou alvo de críticas, pelo texto argentino ter sido traduzido de uma “maneira pobre”, ou seja, sem contextualização com o Brasil.
Além disso, a novela teve uma audiência pífia e acabou sendo cancelada em semanas. Fábio Jr. não escondeu o arrependimento. Em entrevistas, admitiu ter cedido ao apelo emocional e ignorado alertas sobre os problemas.
Apesar de na TV Fábio Jr. ter colecionado fiascos, na música sua trajetória é imaculada. Com 50 anos de carreira, seus hit seguem em playlists de gerações. Hoje, dedica-se a turnês e projetos autorais, evitando novos riscos na atuação.
