A cidade de Baldim, que está situada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi palco de um crime hediondo que chocou a população no fim da tarde de sábado (1º).
Um homem de 39 anos assassinou a própria mãe, de 72 anos, a golpes de faca e foi flagrado arrastando o corpo da vítima, o que gerou revolta entre os vizinhos.
Diante da cena aterrorizante, moradores reagiram com violência e espancaram o suspeito antes da chegada da Polícia Militar, que interveio para evitar o linchamento.
O crime ocorreu em uma área periférica do município, que tem pouco mais de 7.600 habitantes. De acordo com relatos colhidos pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), uma vizinha que passava um boneco caído no quintal de uma residência.
No entanto, ao observar melhor e perceber que não conseguia contato com a moradora do local, ligou para uma sobrinha da vítima, Maria José dos Santos, de 72 anos.
Preocupada, a sobrinha foi até a casa da tia e se deparou com a cena macabra: o “boneco” era, na verdade, o corpo de Maria José, que estava caída no chão, coberta de sangue.
Em estado de choque, a mulher começou a gritar por socorro, o que atraiu a atenção de vizinhos. Nesse momento, o próprio suspeito, Jânio José Gonçalves, apareceu ensanguentado e tentou levar o corpo da mãe para dentro do imóvel.
Ao ver a prima desesperada, ele ainda atirou pedras contra ela, tentando silenciá-la. Os gritos chamaram a atenção de moradores, que testemunharam a crueldade do crime e partiram para cima do agressor.
Jânio foi espancado e só não foi linchado porque a Polícia Militar chegou a tempo de intervir. Ele foi levado ao pronto-socorro do Hospital de Baldim para atendimento médico e, depois de medicado, foi preso. A faca usada no crime foi apreendida.
Segundo depoimentos, a relação do suspeito com a mãe era conturbada. Um de seus irmãos relatou à polícia que Jânio frequentemente ameaçava a idosa e que havia sido preso recentemente, no dia 25 de fevereiro, por tentativa de agressão contra ela.
No entanto, foi solto no mesmo dia do crime. As brigas, segundo o relato do familiar, ocorriam porque o suspeito era inconformado por não ter o mesmo sobrenome dos irmãos.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca entender as motivações do crime e apurar se havia um histórico mais amplo de violência doméstica na residência.
O episódio levanta questionamentos sobre a reincidência de agressões e a falta de medidas mais rígidas para evitar que casos como esse terminem em tragédias irreparáveis. A cidade, abalada pela brutalidade do assassinato, clama por justiça.