O número de crimes passionais e casos de violência extrema entre casais tem crescido de forma alarmante no Brasil. Discussões que antes poderiam terminar em separações dolorosas agora se transformam em tragédias irreversíveis.
Em muitos casos, a vítima sequer tem chance de se defender, sendo surpreendida por agressões fatais, como aconteceu recentemente em Belém, no Pará. Na noite de quarta, dia 12 de março, Bruna Meireles Corrêa, de 31 anos, foi assassinada pelo próprio namorado dentro de um carro.
O homem, que é policial militar e faz parte das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM), sacou uma arma durante uma discussão e disparou um tiro certeiro na cabeça da vítima.
Bruna chegou a ser socorrida e levada ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos. Natural de Colares, a vítima morava há sete anos na capital paraense. O crime chocou amigos e familiares, que não imaginavam que a relação terminaria de maneira tão brutal.
A Corregedoria da Polícia Militar foi acionada e tomou o depoimento do agressor, que foi preso em flagrante e responderá por feminicídio. O caso agora está sendo investigado pela Delegacia da Mulher.
Infelizmente, a violência contra a mulher no Brasil continua em crescimento. Um levantamento divulgado pela Rede de Observatórios de Segurança revelou que, em 2024, uma mulher foi morta por feminicídio a cada 17 horas no país.
Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas lideram os índices, mas o Pará também apresenta um aumento preocupante nos casos de agressões fatais. Casos como o de Bruna reforçam a urgência de medidas mais rígidas para punir agressores e proteger vítimas de relacionamentos abusivos.
É necessário que denúncias sejam levadas a sério e que haja mais ações preventivas para evitar que discussões terminem em tragédias irreparáveis.
