A tragédia que envolveu a recém-nascida Ana Beatriz, de apenas 15 dias, teve um desfecho doloroso nesta terça-feira (15) na cidade de Novo Lino, localizada no interior do estado de Alagoas.
Após quatro dias de buscas motivadas por um suposto sequestro, a Polícia Civil encontrou o corpo da bebê escondido no quintal da própria residência da família. O corpo estava enrolado em um saco plástico e acondicionado dentro de um pote com sabão em pó.
A descoberta foi feita após o advogado da família levar à polícia a informação de que o cadáver estaria no imóvel, levando os agentes a invadirem o local pela janela. Inicialmente, a investigação foi orientada pela versão de que Ana Beatriz teria sido arrancada dos braços da mãe por quatro criminosos em um carro preto, na BR-101.
A história levou as autoridades a mobilizarem forças de segurança e realizarem buscas inclusive no estado vizinho de Pernambuco. Um homem chegou a ser detido após a identificação de um carro suspeito, mas acabou sendo liberado por falta de provas.
No entanto, o rumo das investigações mudou quando testemunhas apresentaram relatos que contradiziam a versão da mãe. Imagens de câmeras de segurança também desmentiram partes do depoimento.
Diante disso, a mãe da criança passou a oferecer diferentes explicações, chegando a um total de cinco versões, todas consideradas inverídicas pela polícia. Uma delas envolvia até um suposto estupro cometido por homens que teriam invadido sua casa.
Na tarde da descoberta do corpo, os policiais tentaram arrombar o portão da residência, mas foram impedidos por um problema na chave e acabaram entrando pela janela.
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Após a localização do cadáver, a mãe desmaiou e precisou ser socorrida por uma ambulância. Depois de receber atendimento médico, foi conduzida ao Centro Integrado da Segurança Pública para prestar depoimento.
O pai da bebê, que estava em São Paulo a trabalho, retornou a Alagoas após ser informado sobre o desaparecimento da filha. Ele não teve contato com a recém-nascida, pois estava fora desde o nascimento.
A polícia investiga se houve envolvimento de outra pessoa no caso e ainda aguarda a conclusão do exame de necropsia para esclarecer a causa da morte, não há informações sobre a liberação do corpo de Ana Beatriz.
Este episódio lança luz sobre a importância de um acompanhamento mais atento a mulheres no período pós-parto, em especial aquelas em situação de vulnerabilidade emocional.
Além disso, destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para a prevenção de tragédias familiares com vítimas tão indefesas.