Na última quarta-feira (07/05), um sargento da polícia militar foi preso em flagrante pelo feminicídio da esposa. Amanda Fernandes Carvalho foi morta com múltiplos tiros de arma de fogo e, depois, teve o corpo esfaqueado cerca de 10 vezes.
O assassino foi identificado como Samir Carvalho, sargento da polícia militar. Ele foi preso e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista. No entanto, alguns detalhes sobre o crime sugerem que Amanda poderia ainda estar viva, não fosse a atuação de quatro policiais militares.
Amanda estava acompanhada da filha e do próprio Samir em uma clínica médica, quando foi morta. Após entrar no consultório médico, a mulher pediu ajuda ao médico (dono da clínica) para acionar a polícia. Informou que estava acompanhada do marido, que era policial, estava armado e fazendo ameaças porque ela queria se separar.
O médico então trancou a porta e acionou a polícia. Segundo testemunhas, quatro policiais chegaram ao local enquanto Amanda ainda estava trancada no consultório. Ainda segundo as testemunhas, Samir teria convencido os policiais que não estava armado ao levantar a camisa.
A porta do consultório se abriu, Samir sacou sua arma e abriu fogo contra a vítima – atingindo a própria filha, que se jogou em frente da mãe para tentar protege-la. Além dos tiros, Samir ainda esfaqueou o corpo da vítima. Só então, foi abordado pelos policiais e não apresentou resistência, segundo o boletim de ocorrência.
Segundo Débora Lázaro, delegada do 2º DP, Samir teve tempo de apunhalar a vítima por cerca de 10 vezes antes de ser interrompido. Questionada, a SSP-SP afirmou apenas que, no boletim de ocorrência, “consta que havia um punhal cravado no corpo da vítima”.
Já por meio de nota, a SSP-SP afirmou que a Polícia Militar abriu um Inquérito Policial Militar para investigar a atuação dos quatro policiais militares, afim de “apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde”.