A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos, cujo corpo foi encontrado em um córrego na cidade de Jesuítas, localizado no norte do estado, após 23 dias de buscas. A jovem havia desaparecido no dia 13 de janeiro, quando saiu de casa informando aos pais que iria até a residência do namorado.
Câmeras de segurança registraram Flávia deixando o local sozinha por volta das 15h04, sem a presença de outras pessoas ao redor. Pouco depois, seu paradeiro se tornou desconhecido.
A família, que sempre descreveu Flávia como uma jovem tranquila, mobilizou as redes sociais e a imprensa em busca de informações. O caso também foi acompanhado pelo Conselho Tutelar durante o período das investigações.
A polícia recebeu diversas pistas, algumas falsas, que dificultaram o andamento das buscas. Entre as pessoas ouvidas pela investigação estava o cunhado da adolescente, marido de sua irmã.
O depoimento dele despertou a atenção dos investigadores, que o chamaram para uma nova rodada de esclarecimentos. Durante esse segundo depoimento, ele entrou em contradição ao relatar onde estava no dia do desaparecimento, o que levantou suspeitas.
Diante das evidências reunidas pela polícia, o homem acabou confessando que esteve com Flávia no dia em que ela desapareceu. Ele relatou que os dois foram até um riacho para consumir drogas e que, em determinado momento, a empurrou na água.
A família, no entanto, contesta essa versão, afirmando que a jovem não fazia uso de entorpecentes. O suspeito indicou o local onde teria deixado o corpo, que acabou sendo encontrado a cerca de 30 metros desse ponto, possivelmente deslocado pela força da chuva.
A descoberta aconteceu na madrugada do dia 6 de fevereiro, com o auxílio do Corpo de Bombeiros de Toledo, que localizou a vítima sem vida após uma hora de buscas.
No mesmo dia, por volta do meio-dia, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que foi detido. A polícia não encontrou indícios de abuso sexual nem de participação de outras pessoas no crime.
O homem não tinha histórico criminal e não morava na mesma casa que a vítima. A família relatou que o relacionamento entre os dois aparentava ser tranquilo. As investigações continuam para esclarecer detalhes cruciais sobre o caso, incluindo a real motivação do crime e as circunstâncias exatas que levaram ao assassinato.
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O corpo de Flávia passará por exames no Instituto Médico-Legal (IML) para determinar a causa da morte, o momento em que ocorreu e se a jovem tinha substâncias ilícitas no organismo, como alegado pelo suspeito.
A família de Flávia expressou profunda dor e indignação diante da tragédia. O pai e o avô da jovem pediram justiça e relataram os dias de angústia vividos enquanto aguardavam notícias.
Apesar da tristeza, afirmaram que as lembranças da jovem trarão algum conforto e ajudarão a enfrentar a perda. O caso segue em andamento, com a expectativa de que novos esclarecimentos surjam nas próximas etapas da investigação.