A investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior deu um passo importante para esclarecer a participação de sua principal testemunha, o amigo Rafael Aliste.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, dia 18 de junho, a polícia detalhou como validou o relato de Rafael sobre o consumo de álcool, mesmo com o laudo toxicológico da vítima tendo resultado negativo.
A aparente contradição era um dos pontos que mais geravam dúvidas no caso. Rafael havia afirmado em depoimento que ele e Adalberto consumiram bebidas alcoólicas no evento, mas o exame não detectou a substância no corpo do empresário.
Agora, a polícia confirmou que teve acesso às comandas do evento e aos débitos bancários de ambos, que comprovam o consumo de álcool, e assim, o depoimento dado foi apontado como verdadeiro.
Segundo os investigadores, o resultado negativo no laudo toxicológico se justifica pelo tempo decorrido de quatro dias, entre a morte e a localização do corpo, período suficiente para que o organismo eliminasse os vestígios da substância.
Diante disso, a polícia trouxe um veredito sobre a posição de Rafael, o considerando uma testemunha-chave e não como o foco principal das suspeitas.
Com a versão do amigo sobre os momentos que antecederam o desaparecimento agora mais clara, a polícia pode se concentrar em outras linhas de investigação.
A principal hipótese é de que Adalberto foi morto durante um confronto com seguranças, vendedores ou outros frequentadores do Autódromo de Interlagos.
A polícia descreve o crime como uma “morte sofrida mesmo, lenta”, causada por asfixia, possivelmente através de um golpe “mata-leão”. Há certeza de que se tratou de um homicídio.
A investigação agora se concentra na análise de imagens de câmeras de segurança e nos depoimentos do restante da equipe de segurança que trabalhava no local para identificar os responsáveis pelo homicídio.