A Polícia Civil investiga as circunstâncias do afogamento de dois irmãos gêmeos, de apenas um ano de idade, ocorrido no último sábado (8) em uma piscina de uma residência, na cidade de Ubá, localizada na Zona da Mata do estado de Minas Gerais.
A análise dos laudos de necropsia será fundamental para esclarecer detalhes do caso, que segue sob apuração. Segundo o delegado Douglas Mota, tanto a mãe biológica quanto a mulher que cuidava dos meninos desde o nascimento possuem histórico de envolvimento com o tráfico de drogas na cidade.
Em fevereiro do ano passado, a mãe biológica foi presa por tráfico em um imóvel pertencente à mulher que assumiu a responsabilidade pelos gêmeos. Alguns meses depois, essa mesma responsável também foi presa pelo mesmo crime na mesma região.
No entanto, por ser responsável pelas crianças, a mãe adotiva obteve prisão domiciliar, enquanto a biológica permanece em liberdade. O registro policial detalha que, quando a Polícia Militar chegou ao local, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já haviam constatado a morte das crianças.
Em depoimento, a mulher que cuidava dos gêmeos relatou que os viu dormindo por volta das 8h da manhã e voltou a descansar. Posteriormente, foi acordada pelo filho de seis anos, que pediu leite. Ao se dirigir à cozinha, percebeu que os meninos não estavam mais no quarto.
Ao procurá-los, encontrou os dois boiando na piscina. Com a ajuda da filha mais velha, de 17 anos, retirou-os da água e tentou reanimá-los até a chegada dos socorristas.
Ainda segundo a Polícia Militar, a mulher precisou ser encaminhada a uma unidade de saúde devido ao forte abalo emocional. Após prestar depoimento, foi liberada. Seu telefone celular foi apreendido para análise no âmbito da investigação.
A Polícia Civil aguarda os resultados da perícia no local e dos exames de necropsia para entender melhor as circunstâncias do caso. O andamento da investigação determinará se houve negligência ou outro fator que possa ter contribuído para a tragédia.