A pneumonia “silenciosa”, também conhecida como atípica, tem preocupado especialistas devido à dificuldade de diagnóstico precoce e ao aumento de caso graves, especialmente quando se trata de crianças.
Diferente da pneumonia típica, causada por Streptococcus pneumoniae, essa forma é desencadeada por microrganismos como Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e vírus respiratórios (influenza, SARS-CoV-2).
As principais características estão relacionadas aos sintomas sutis, como febre baixa ou ausente, cansaço persistente, falta de apetite, chiado no peito, retração das costelas ao respirar e redução da urina e disposição para atividades.
No momento, tem se observado um aumento de casos no Brasil, com 2024, tendo 701 mil interação, um aumento de 5% em relação a 2023, assim como um aumento de 12% em relação as mortes, que foram registradas 73.813 perdas.
Alguns estudiosos associam que o aumento nos casos está relacionado com o impacto da pandemia, que reduziu a exposição a patógenos e enfraqueceu a imunidade coletiva, especialmente em crianças.
Com a retomadas das atividades, retornou a existência de ambientes lotados, como escolas e escritórios que facilitam a circulação de bactérias e vírus, além de gerarem um grande impacto na rotina das pessoas que estavam acostumadas a ficarem em suas casas.
O diagnóstico e tratamento envolve diversos exames, como radiografia de tórax, ausculta pulmonar, e em alguns casos, PCR para identificar o patógeno. Antibióticos específicos são aplicados para o tratamento.
A prevenção é feita principalmente através de hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, usar máscaras em ambientes fechados/lotados e com a vacinação. É necessário procurar atendimento médico caso note qualquer sintoma.
Especialistas como Marcela Costa Ximenes (SBPT) e Luiz Vicente Ribeiro (Hospital Albert Einstein) alertam que surtos de pneumonia atípica podem continuar até que a população reconstrua a imunidade.