O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que o assassinato do comerciante Igor Peretto, ocorrido em 31 de agosto no apartamento de sua irmã em Praia Grande, que fica no litoral do estado de São Paulo, foi um ato premeditado por três pessoas próximas à vítima: Rafaela Costa (sua viúva), Marcelly Peretto (sua irmã) e Mario Vitorino (cunhado).
Segundo o MP-SP, o crime foi motivado por interesses pessoais e financeiros, uma vez que Igor era visto como um “empecilho no triângulo amoroso” existente entre os três.
A investigação apontou que a viúva, Rafaela, mantinha relacionamentos extraconjugais com Mário e Marcelly, sem o conhecimento de Igor. De acordo com a denúncia aceita pela Justiça, a morte do comerciante traria vantagens financeiras para os envolvidos.
Mário Vitorino, por exemplo, teria a oportunidade de assumir a liderança da loja de motos que possuía em sociedade com Igor, enquanto Rafaela herdaria os bens do marido. Marcelly, que se relacionava intimamente com os dois outros acusados, também teria acesso aos benefícios financeiros decorrentes da morte de Igor.
O MP-SP detalhou que o crime foi executado como parte de um “plano mortal”, com Mário sendo o autor das facadas que tiraram a vida de Igor. Rafaela desempenhou um papel fundamental ao atrair o comerciante para a emboscada, enquanto Marcelly contribuiu incentivando Mário a executar o assassinato.
Os advogados dos acusados contestam a versão apresentada pelo MP-SP, que utilizou essas conclusões para formular uma denúncia por homicídio qualificado. O caso continua sob análise judicial, com grande atenção voltada para as motivações e os detalhes do relacionamento complexo entre os acusados.
O crime
O assassinato do comerciante Igor Peretto, ocorrido em 31 de agosto, foi detalhado em uma investigação que trouxe à tona um complexo enredo envolvendo traição e planejamento. No dia do crime, Igor estava no apartamento de sua irmã, Marcelly, juntamente com Mário Vitorino, cunhado e sócio.
Pouco antes do crime, Rafaela Costa, a viúva de Igor, chegou ao local com Marcelly, mas saiu 13 segundos antes de Igor chegar acompanhado de Mário, o suspeito de executar o homicídio.
As investigações apontam que, antes da chegada de Igor, Rafaela e Marcelly teriam tido um envolvimento amoroso no apartamento, conforme mencionado pelo advogado de Marcelly.
Rafaela e Marcelly se entregaram à polícia e foram presas no dia 6 de setembro, enquanto Mário foi localizado escondido na casa de um tio de Rafaela em Torrinha, São Paulo, e detido em 15 de setembro.
A denúncia elaborada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e acolhida pela Justiça de Praia Grande resultou na conversão das prisões do trio de temporárias para preventivas.
As promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez apresentaram a acusação detalhando que Mário desferiu as facadas fatais em Igor com incentivo e apoio moral das duas mulheres.
Segundo a interpretação do MP-SP, Rafaela e Marcelly também desempenharam um papel decisivo ao atrair Igor para o local, onde o crime foi executado. Este caso segue em investigação, destacando um enredo de relações complexas e interesses financeiros que culminaram na morte do comerciante.
As conclusões preliminares ressaltam a premeditação e o envolvimento conjunto dos acusados, o que justificou a conversão das prisões para preventivas, visando a continuidade das investigações e a segurança do processo judicial.