Na última terça-feira (18/02), o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Isso porque Bolsonaro foi denunciado pela PGR por tentativa de golpe de estado.
Bolsonaro deve se tornar réu e responder por um conjunto de crimes, todos apurados pela Polícia Federal no inquérito aberto após os eventos que culminaram no dia 8 de janeiro, de 2023. Entre a lista de crimes, estão:
- liderança de organização criminosa armada (4,5 a 12 anos)
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 à 8 anos)
- golpe de Estado (de 4 à 12 anos)
- dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união (6 meses a 3 anos)
- deterioração de patrimônio tombado (seis meses a dois anos)
Ao todo, o ex-presidente pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão, se pegar a pena máxima em todos os crimes pelos quais foi denunciado. Mas essa pode não ser a única dor de cabeça do ex-presidente.
Isso porque Bolsonaro já foi indiciado em outros dois casos de grande repercussão e os relatórios ainda estão com a Procuradoria Geral da República. Existe a expectativa de que o ex-presidente seja denunciado em ambos os outros casos, relembre quais sao:
Caso das Joias Sauditas: o procurador Paulo Gonet tem em mãos o relatório da Polícia Federal sobre o inquérito do caso, que resultou no indiciamento do ex-presidente. Bolsonaro foi acusado de se apropriar de bens presenteados à União.
Na investigação deste caso, o ex-presidente acabou indiciado pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. O ex-presidente foi acusado de vender as joias, que pertenciam ao Estado Brasileiro.
Caso da fraude nos cartões de vacina: durante a pandemia, Bolsonaro afirmou várias vezes que não se vacinaria e que não vacinaria sua família. No entanto, Bolsonaro teria participado de um esquema que fraudou cartões de vacina de pelo menos 9 pessoas.
O nome do ex-presidente foi confirmado por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que afirmou em delação “que imprimiu os certificados e entregou em mãos ao então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”. Bolsonaro teria fraudado seu cartão de vacina para entrar nos EUA, por motivo de lazer.
