Cientistas israelenses descobriram uma nova possibilidade de tratamento para pacientes que fazem uso medicinal da cannabis, popularmente conhecida como maconha. Os estudos ainda estão em fase inicial, mas são promissores.
A planta em questão é natural da África do Sul e vem sendo usada em rituais religiosos há séculos. A Helichrysum umbraculigerum, nome científico, tem parentesco com as margaridas, alfaces e girassóis.
Os cientistas buscavam compreender a extensão de suas propriedades terapêuticas e descobriram que a planta produz canabigerol (CBG), além de outras cinco substâncias que também podem ser úteis.
O estudo foi conduzido no Weizmann Institute of Science, em Israel, e publicado na revista Nature Plants. A descoberta é promissora porque a planta pode vir a ter utilidade em tratamentos delicados.
Ao contrário da cannabis, a planta sul-africana não produz canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC). Ainda assim, o canabigerol (CBG) é promissor por ser usado em tratamentos de tipos de câncer e uma série de distúrbios neurológicos.
Um dos pontos positivos da planta é que ela ao contrário da cannabis, não produz efeito psicoativo. Para a pesquisadora Shirley Berman, a descoberta pode ser explorada em diversos tratamentos.
“Encontramos uma nova fonte importante de canabinoides e desenvolvemos ferramentas para sua produção sustentada, o que pode ajudar a explorar seu enorme potencial terapêutico”, declarou.
Ainda esta longe da planta ser usada de forma medicinal em larga escala, mas a descoberta vem sendo comemorada pela comunidade científica mundo afora.