Em um discurso realizado nesta última sexta-feira, dia 16 de maio, no Vaticano, o Papa Leão XIV, que recentemente foi eleito, se pronunciou pela primeira vez sobre casamento e fez um “aceno” a ala conservadora da igreja.
A fala, feita durante uma audiência com representantes diplomáticos, declarou que a estrutura familiar deve se basear na união estável entre um homem e uma mulher.
De acordo com o pontífice, é dever dos líderes públicos promover sociedades pacíficas e equilibradas, o que, de acordo com ele, começa pelo fortalecimento da família conhecida nos moldes tradicionais.
“É responsabilidade dos governantes trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isso pode ser alcançado, acima de tudo, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”, declarou, ao falar sobre o assunto.
O novo papa, Robert Francis Prevost, nascido em Chicago, nos Estados Unidos, é o novo líder da Igreja Católica e escolheu o nome Leão XIV ao assumir o papado. Essa foi primeira vez que ele se manifestou publicamente sobre temas como casamento e família desde sua eleição.
Em seu discurso, ele também reforçou a posição histórica do Vaticano em relação ao aborto, mantendo a oposição da Igreja à prática. Enquanto o papa anterior Francisco, mostrou sinais de abertura ao permitir bênçãos a casais homoafetivos, mesmo mantendo a rejeição a casamento LGBTQI+.
Agora, com Leão XIV, o novo papa demonstra um retorno a discursos mais conservadores. Outro ponto que ele abordou foi a situação dos migrantes, fazendo críticas da políticas de deportação implementada por Donald Trump.
Leão XIV defendeu o respeito incondicional à dignidade humana, independentemente da situação social ou do país de origem da pessoa, declarando que ao longo da vida, podemos enfrentar diversas dificuldades, mas que nossa dignidade nunca irá se perder, pois somos todos seres valorizados por Deus.
A fala do novo papa reforça seu alinhamento com os pensamentos do papa Francisco sobre imigração e direitos humanos, mas ele aparenta seguir por um pensamento mais tradicionalista em questões de moral sexual e estrutura familiar.
