O Papa Francisco, conhecido por sua postura humilde e pela rejeição aos privilégios associados ao cargo de líder da Igreja Católica, tomou mais uma decisão emblemática: deseja um funeral simples, rompendo com séculos de tradições vaticanas.
O pontífice, que completará 88 anos em dezembro, será sepultado em um único caixão de madeira revestido de zinco, ao invés dos tradicionais três caixões interligados de cipreste, chumbo e carvalho, usados por seus predecessores.
A decisão foi formalizada em um novo rito publicado pelo Vaticano nesta quarta-feira (20). Além da simplicidade do caixão, Francisco também rejeitou a exibição do corpo em uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro, prática que permitia aos fiéis de Roma prestarem suas homenagens.
Em vez disso, os visitantes poderão prestar tributo ao pontífice enquanto ele estiver dentro do caixão com a tampa aberta. Outra novidade é a escolha do local de sepultamento. Francisco será o primeiro papa em mais de um século a não ser enterrado no Vaticano.
Ele optou pela Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, uma igreja que considera especial por ser dedicada à Virgem Maria e onde tradicionalmente reza antes e depois de viagens internacionais. O último papa a ser enterrado fora do Vaticano foi Leão XIII, em 1903, na Basílica de São João de Latrão.
A decisão do papa reflete seu desejo de simplificar os ritos funerários, afastando-se das tradições mais elaboradas do passado. Ele também expressou que sua escolha está alinhada com seu compromisso de promover uma Igreja mais acessível e próxima dos fiéis.
Apesar de lidar com dores no joelho e nas costas, que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, Francisco tem mantido uma agenda ativa, incluindo viagens internacionais e uma cúpula de um mês com líderes católicos.
A decisão sobre seu funeral, embora ainda distante, sublinha mais uma vez seu compromisso com a humildade e a espiritualidade acima da pompa institucional.
