O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou publicamente seu luto pela morte do Papa Francisco, falecido nesta segunda-feira (21/4), aos 88 anos, após complicações de uma pneumonia bilateral. Em publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro destacou o legado do pontífice como “sinal de unidade, esperança e orientação moral para o Brasil e o mundo”.
A homenagem resgatou a memória de um gesto de empatia do líder religioso durante o mandato de Bolsonaro: em 2022, Francisco enviou uma carta de condolências pela morte de Olinda Bolsonaro, mãe do ex-presidente, sendo esse o recado que o Papa enviou para o ex-presidente.
Em agosto de 2022, durante a missa de sétimo dia de Olinda, realizada em Brasília, o Monsenhor Joseph Antony Puthenpurayil, leu uma mensagem pessoal do Papa Francisco. Na ocasião, o pontífice expressou “sentidas condolências” e elogiou a matriarca por seu “belo testemunho cristão”, tanto na família quanto na vida eclesial.
“Excelentíssimo senhor Jair Bolsonaro, apresento à Vossa Excelência e inteira família enlutada minhas sentidas condolências, invocando sobre todos o conforto do Altíssimo”, dizia trecho da carta, que também pedia “paz e felicidade” para a alma de Olinda.
O gesto, raro em meio às tensões políticas do período, simbolizou um diálogo além das divergências, já que Francisco e Bolsonaro tinham visões contrastantes em temas como meio ambiente e direitos sociais. Apesar disso, tinham respeito mútuo um pelo outro.
A morte de Francisco mobilizou líderes globais, e no Brasil a comoção ganhou contornos pessoais. Bolsonaro, conhecido por sua devoção católica, ressaltou em suas redes sociais a influência espiritual do pontífice, mesmo sem mencionar diretamente os desentendimentos passados.
Francisco, primeiro papa latino-americano, sempre demonstrou afeto pelo Brasil, país que visitou em 2013; Sua mensagem a Bolsonaro em 2022 refletia não apenas um protocolo religioso, mas um reconhecimento da importância da família na cultura brasileira, valor frequentemente destacado pelo ex-presidente.
Enquanto o Vaticano prepara os ritos fúnebres, que devem atrair milhões de fiéis a Roma, o Brasil se une ao luto global. Milhões de fiéis estão arrasados com sua partida repentina e lamentam a triste perda que abalou a todos.
