Um caso de suposta negligência médica envolvendo a morte de um recém-nascido está sendo investigado na cidade de Aracruz, localizada na região Norte do estado do Espírito Santo.
O bebê, chamado Heitor Rossi de França, faleceu cerca de uma hora após o parto realizado em uma unidade hospitalar da região. Seus pais, Isabelly Rossi Nascimento, de 18 anos, e Israel de França de Jesus, de 21, denunciaram o hospital e registraram um boletim de ocorrência.
A causa do óbito, segundo laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), foi hemorragia intracerebral e traumatismo craniano. A família relatou que, apesar de pedidos para que fosse realizada uma cesariana, a equipe médica insistiu em conduzir o parto de forma normal, seguindo orientações do médico que acompanhou o pré-natal.
Ele havia alertado sobre a possibilidade de Isabelly não possuir condições anatômicas para um parto normal. Durante o procedimento, foi utilizado um fórceps obstétrico, o que, segundo os pais, causou ferimentos na gestante e no bebê.
Israel contou que sua esposa, ao dar entrada no hospital na noite do dia 27 de dezembro, foi encaminhada para uma sala de parto humanizado. Ele afirmou que Isabelly implorava por uma cesariana, mas a equipe insistia no parto normal.
Após várias horas e com a aplicação de ocitocina para estimular as contrações, foi utilizado um dispositivo de sucção a vácuo. Segundo o pai, o instrumento gerou ferimentos significativos.
O parto cesariano foi realizado somente após a tentativa frustrada de parto normal, mas o bebê, embora tenha nascido com vida, não resistiu. O corpo do recém-nascido foi transferido para o IML em Vitória, onde as lesões foram confirmadas.
A Polícia Civil investiga o caso e aguarda a conclusão dos exames periciais para esclarecer os fatos. A família, abalada, afirma que todos os exames de pré-natal indicavam normalidade na gestação e busca justiça pela perda do bebê. O hospital informou estar à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.
